O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou hoje (13) que o combate ao assédio eleitoral nas empresas será intensificado e acelerado, diante do aumento de casos noticiados desde o início do segundo turno das eleições. Com informações da Agência Brasil.
Eleições 2022
“Essa atuação será mais efetiva, mais rápida, porque não é possível que, em pleno século 21, se pretenda coagir o empregado em relação ao seu voto”, disse Moraes antes de encerrar a sessão plenária do TSE, nesta quinta-feira (13).
Ele acrescentou que se reunirá com o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, para alinhar formas mais eficazes de combate ao assédio eleitoral dentro das empresas.
“Alguns empregadores [estão] coagindo, ameaçando, concedendo benefícios para que seus funcionários votem em determinado candidato”, descreveu Moraes. “Isso é crime comum, isso é crime eleitoral, isso vai ser combatido e continua a ser combatido”, afirmou.
No Pará
Recentemente, um empresário do ramo de tijolos e telhas, no Pará, foi filmado coagindo os seus funcionários a votarem no presidente Jair Bolsonaro.
Maurício Lopes Fernandes Júnior, conhecido como “Da Lua”, foi filmado induzindo seus funcionários a votarem em Jair Bolsonaro no segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva.
No vídeo, ele afirma que, caso Lula vença as eleições, ele terá que fechar a empresa de cerâmica na cidade de São Miguel do Guamá (PA), porque “ninguém vai aguentar o pepino que vem”, disse.
Maurício disse ainda, que todos os trabalhadores, independentemente do cargo, poderiam dar o nome para, em caso de vitória de Bolsonaro, receberem R$ 200 cada um.