País dividido

Santa Isabel
Advogado e colunista do Jornal Ouvidor, Dr. Luís Carlos Correa Leite.

As comemorações do Dia da Pátria deste ano deveriam buscar um espírito de reconciliação entre os brasileiros, ao contrário do que ocorreu durante o governo do ex-presidente Bolsonaro. Segundo o noticiário, as esquerdas voltariam a trazer as cores verde e amarelo para as comemorações, sem qualquer vinculação política.

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É obvio que o verde e o amarelo são cores representativas da pátria, de todos os brasileiros e brasileiras. Porém, entre o discurso e a prática houve uma diferença: a “primeira-dama” Janja compareceu à cerimônia em Brasília vestindo uma roupa vermelha, destoando da ideia de unidade e mantendo o espírito de revanche. E é óbvio que teve a aprovação do presidente Lula.

Mas o espírito de revanche não para por aí. Todas as manifestações das lideranças ligadas ao governo do presidente Lula são de caráter sectário, no sentido de manter o espírito de divisão, como se a disputa eleitoral ainda estivesse em curso. Vejam-se as falas do Ministro de Justiça. O problema é que não sabem – ou fingem não saber – que o atual governo venceu por uma margem muito apertada, tendo as urnas demonstrado que a nação brasileira está, sim, dividida e, o que é mais delicado, de forma regional.

O mapa das eleições mostrou que há duas regiões em completo antagonismo político, tudo muito bem definido. Coincidência ou não, o presidente Lula não foi sequer visitar o estado do Rio Grande do Sul, atingido pela maior tragédia natural de sua história. Poderia ter adiado a sua viagem para Bharat por algumas horas.

A isso some-se a perseguição ao ex-presidente Bolsonaro. O Supremo Tribunal Federal, que agora quer afagar o presidente Lula – depois de encarcerá-lo com violação à Constituição -, já decidiu que o ex-presidente Bolsonaro será preso. Há um juiz que odeia o réu, o que por si só nulifica todos os atos (a exemplo do que ocorreu com Lula). Busca-se uma delação utilizando os mesmos métodos – agora demonizados como tortura pelo Ministro Toffoli – da extinta operação “ Lava a Jato”. É um verdadeiro tribunal de exceção, porque o próprio STF já decidiu que a prerrogativa de foro só existe para quem está ocupando os cargos. E há um Código de Processo Penal a ser obedecido.

Todo este teatro visa apenas o sangramento da figura do ex-presidente Bolsonaro, visando destruí-lo politicamente. Mas esse quadro é perigoso para o país. Nas comemorações do Sete de Setembro em Brasília houve um grande esquema de segurança em torno do presidente da República e autoridades, como há muito não se via.

Assim como apareceu um personagem perturbado para esfaquear o então candidato Bolsonaro, outros podem estar por aí.

Oremos pela unidade da Pátria brasileira!

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