Estupro: DDM conclui casos em até 30 dias

Em seis meses Arujá registrou 24 casos de estupro, a maioria abuso de vulnerável. Atuando com celeridade investigadores da DDM concluem inquéritos desta natureza em até 30 dias

delegacias da mulher
Foto: Arquivo Jornal Ouvidor

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Arujá, trabalha na investigação de um estupro ocorrido no Bairro Vila Riman no fim da tarde de sexta-feira, 09/09. Dois homens abusaram e violentaram uma mulher, depois a empurraram em uma ribanceira e fugiram. O caso, gerou uma revolta geral na cidade pela ousadia dos autores e principalmente de mulheres que cobram por mais segurança.

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No primeiro semestre deste ano, foram registrados quatro casos de estupros violentos em Arujá, em dois deles, os autores já estão presos. Um deles inclusive foi preso em flagrante, o terceiro caso já está com a investigação em vias de ser finalizada e o quarto foi confirmado mais tarde, tratar-se de uma falsa acusação, no qual todas as partes já foram ouvidas.

“É preciso deixar claro, que não há nenhum maníaco à solta pela cidade, pois são todos casos isolados e não possuem nenhuma ligação entre os autores. Todos estão sendo devidamente investigados com a devida celeridade, a fim de que tenhamos uma resposta rápida na apuração e na prisão de seus responsáveis”, disse a delegada da DDM de Arujá, Dra. Vanessa Torres de Azevedo Chagas.

No caso da última sexta-feira, a vítima, foi abordada por dois homens na Rua Fernando Costa, próximo ao salão paroquial da comunidade Vila Riman. Após ser violentada, os indivíduos a empurraram no barranco e fugiram. Moradores ouviram gritos de socorro que saiam do fundo da mata e acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM).

Quando a GCM chegou no local, por volta das 18h15, uma equipe médica já havia prestado os primeiros atendimentos e levado a vítima para o PA Central, onde foi constatado o estupro e realizado os procedimentos típicos do atendimento hospitalar para casos desta natureza.

De acordo com os dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) foram registrados, no primeiro semestre deste ano, 24 casos de estupros em Arujá, sendo 20 casos de abuso de vulnerável, e quatro casos de estupro comum, no qual o ato foi consumado por grave ameaça e violência, como este do último dia 09/09. No mesmo período do ano passado, Arujá registrou 25 casos de estupro.

“No estupro de vulnerável, os casos envolvem crianças e até mesmo adultos, no qual as vítimas estão incapazes de consentirem, seja pela idade, condição psíquica ou porquê estejam sob o efeito de entorpecentes ou anestesiados. Eles ocorrem em sua maioria pelo abuso de confiança, principalmente quando envolvem crianças, no qual o autor pode ser um pai, padrasto, tio, primo ou irmão”, explica Dra. Vanessa.

Nos casos de estupro violento, registrados neste ano na cidade, há um caso ocorrido dentro do casamento, do qual a vítima, esposa, não queria ter a relação naquele momento e foi forçada pelo marido ao ato.

“É preciso entender os tipos de abuso e como eles se dão. Talvez no século passado, fosse natural entender que é obrigação da mulher estar disponível ao seu marido quando ele quiser, e nunca foi bem assim. Hoje a lei também pode e deve ser aplicada nestes casos, pois o crime é o mesmo. Se não há consentimento de ambas as partes, não se pode forçar nada”, aconselhou.

A equipe de investigadores da DDM já atua, desde o último final de semana, na apuração do caso ocorrido na Vila Riman. De acordo com a Dra. Vanessa, investigações desta natureza são concluídas em média em 30 dias, por sua equipe.

“Qualquer informação, que possa levar a estes criminosos, pode ser passada, de forma anônima, seja pelos canais oficiais de denúncias como o 190 ou 181, ou até mesmo direto em nossa delegacia. Há espaço para denunciar, mas também há espaço para orientação e a DDM é este lugar”, conclui a delegada.

A vítima da Vila Riman, já está sendo acompanhada pela Rede de Proteção e Defesa da Mulher de Arujá, composta pela DDM, GCM, Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal, além de profissionais da saúde incluindo psicólogos da rede municipal.

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