Cinco famílias que residem na Rua Londres, em Santa Isabel, estão numa situação estarrecedora, desde o dia 20/08, sempre que precisam fazer alguma refeição, são obrigados a ir para casa de parentes ou amigos. Em suas moradias, a infiltração de esgoto impede que haja estômago para digerir qualquer alimento.
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“O esgoto transborda no quintal e precisamos de uma solução. Estamos tomando banho e fazendo refeições em casa de familiares, pois não tem como usar a rede, as três casas de meus inquilinos estão na mesma situação. A minha vizinha diz que também está sofrendo, a rede está entupida, voltando dejetos na privada”, descreve Paloma Machado Igarasi.
Em 24/08, a Defesa Civil esteve no local a pedido dos moradores. O engenheiro João Buosi avaliou os riscos e emitiu um laudo que diz: “Se faz necessária a intervenção técnica e executiva em caráter de URGÊNCIA”.
De acordo com os moradores, existe uma tubulação pública de coleta de esgoto, construída na época da gestão do prefeito Nené Simão, que consta no mapa da rede de esgoto municipal de 2001, e passa dentro do terreno particular da Rua Londres.
“Sempre que tinha problemas nessa rede, a prefeitura realizava manutenção. Mas hoje, nem a prefeitura e nem a Sabesp fazem a manutenção da tubulação”, lastima Paloma que já coleciona números de protocolo registrados na prefeitura e junto à Sabesp.
Silvio Massaki Igarasi, esposo de Paloma, conta que no passado os moradores já tiveram que arcar com cerca de R$10 mil para desentupir esta tubulação, mas que garantem que por se tratar de rede pública, não consideram justo terem esse gasto.
Em nota, a prefeitura de Santa Isabel informa que uma vistoria da Sabesp no local constatou que a tubulação e o terreno mencionado nesta reclamação são particulares e, portanto, a gestão pública não pode realizar reparos.
“A Vigilância Sanitária esteve no local ontem, 02/09, e constatou que não há vazamento de esgoto na referida residência e a caixa coletora encontrava-se limpa”, diz a nota.
Sobre a responsabilidade pela manutenção desta tubulação, a prefeitura afirma que é dos proprietários do imóvel que fazem uso da mesma. “Sugerimos que os moradores responsáveis por essa rede realizem as manutenções necessárias, evitando assim futuras obstruções. Caso haja algum tipo de descumprimento entre as partes, sugerimos acionar o poder judiciário”, finaliza.