Na série de entrevistas com os pré-candidatos as eleições 2024, o Jornal Ouvidor conversou nesta semana com Cleber Vinicius Kerchner, mais conhecido como Clebão do Posto. Após se envolver cedo com a política, Cléber nunca mais saiu de cena e pretende buscar em 2024, a oportunidade que não conseguiu no último pleito, se tornar prefeito de Santa Isabel.
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Atualmente, atuando como secretário Geral de Gabinete na cidade de Guararema, Clebão do Posto se destacou na política de Santa Isabel onde além de vereador por dois mandatos, também atuou como secretário Municipal de Saúde.
Em 2020 Cléber resolveu, pela primeira vez, tentar um ingresso no executivo isabelense. A busca passou longe da trave, mas fez dele o segundo mais votado com pouco mais de seis mil votos. Mesmo derrotado na primeira disputa, Cléber diz não ter dúvidas de que saiu ainda mais forte: “Nunca vou querer o mal para Santa Isabel, por isso não desisti da cidade que amo e onde faço questão de morar”, disse.
Com um plano de governo construído em equipe, Clebão do Posto garante ter a melhor proposta para tirar a cidade do ponto, “trágico”, segundo ele, em que se encontra: “Santa Isabel, infelizmente tem a prática de tentar buscar salvadores da pátria sem experiência política. Fizeram isso com o Padre e agora com o Médico e duas vezes a cidade comprovou que não dá certo”, disse.
Mesmo tendo atuado ao lado de Chinchilla na gestão da ex-prefeita Fábia Porto, Cléber disse que só aceitou ser secretário de Saúde naquela ocasião, pois o vice de Fábia virou as costas tanto para a Prefeita, quanto para a cidade: “O governo rachou logo no início, isso ficou nítido. Aceitei o desafio de ser secretário, atendendo a um pedido da Fábia que estava sozinha e tentando configurar sua equipe ainda no início de gestão”, disse.
Sobre se foi convidado pelo atual governo para compor o elenco, Cléber disse, nunca oficialmente ter sido procurado pelo Prefeito, mas recebeu convites por terceiros: “O governo atual ganhou sem um projeto de gestão, não tinha planejamento. O que ficou nítido foi que eles até quiserem me trazer para dentro do governo, porque eu bati na trave, mas a filosofia de trabalho do prefeito Carlos Chinchilla nunca agradou a mim e ao PL, pois o que ele fala de pé não se cumpre sentado”, disse.
Sobre a possível pré-candidatura à prefeitura do companheiro de partido Luizão Arquiteto, Cléber garantiu que tem aval do partido para ser escolhido o candidato do PL a disputar a prefeitura da cidade, pois as próprias pesquisas indicam que seu nome é um dos mais cotados para o partido pontuar e conseguir disputar as eleições: “Nosso projeto começou em 2012, ainda com Silvio Adriano. Minha pré-candidatura não soltamos a vento, recebi aval dos nossos representantes regionais André do Prado e Márcio Alvino, além do próprio presidente nacional, Valdemar Costa Neto que garantiu que eu serei o candidato do PL em Santa Isabel”, diz.
Sobre o Tarifa Zero no transporte público, Cléber disse acreditar que o projeto pode sim dar certo e é favorável a implantação, mas que a forma com que a atual administração pretende implantar ainda é incerta: “O prefeito esteve aqui na semana passada e disse que irá custear a tarifa zero com a arrecadação de multas, mas desconhece que o Código de Trânsito Brasileiro é bem claro ao estabelecer que a arrecadação das multas não deve ser utilizada nestas práticas”, alertou.
Sobre como fazer a cidade aumentar sua arrecadação, Cléber disse que se eleito pretende investir na melhoria da infraestrutura de estradas e áreas de lazer, a fim de atrair mais emprego e renda com a vinda não só de empresas, mas de mais turistas para a cidade: “Como vamos trazer turistas e escoar produções se não temos infraestrutura? É preciso dar condições para que o investimento chegue. Precisamos ser atraentes tributariamente para que o empresariado possa querer vir e investir mais em Santa Isabel. Ninguém vai montar uma grande indústria no deserto, mas se tiver uma boa estrada que leve a esse deserto tem como se fazer. Santa Isabel tem jeito, só precisa ter planejamento e força política. Só boa vontade não faz gestão pública.”, finaliza.