A participação da mulher

por LUIS CARLOS CORRÊA LEITE

Santa Isabel
Advogado e colunista do Jornal Ouvidor, Dr. Luís Carlos Correa Leite.

Neste mês de março, como de costume, o papel da mulher dentro da sociedade moderna é o tema em evidência. Reclamam as feministas de supostas condutas discriminatórias por parte de empresas e do próprio poder público em relação à participação mais efetiva das mulheres.

Realmente, não se pode negar que ao longo dos séculos a situação da mulher na sociedade, com raras exceções, foi muito restrita, destinando-se a estas a função de condutora da família e das atividades do lar. Mas, mesmo assim, não se pode negar a participação marcante de mulheres dentro da ordem mundial, como ocorreu com a rainha Vitória e a primeira-ministra Margareth Thatcher, ambas da Inglaterra ou a primeira-ministra Angela Merkel, da Alemanha.

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No Brasil, somente na década de trinta foi permitida a participação feminina nas eleições, significando que até então as mulheres não tinham o pleno exercício dos direitos da cidadania. E a coisa andou muito devagar nos anos seguintes, até que, queiram as feministas ou não, a cada dia essa participação cresce cada vez mais.

E na cidade de Santa Isabel, então, não há o que reclamar. Os isabelenses já elegeram duas mulheres para o comando da prefeitura. Isso numa região em que em muitas cidades o fato ainda é inédito. A primeira prefeita da cidade foi Maria Ângela Sanches, que inovou e modernizou as atividades da prefeitura. Depois tivemos a prefeita Fábia Porto, também com uma administração marcante, o que prova que a participação feminina na política é reconhecida.

Isso sem falar nas atividades da Justiça, em que o elemento feminino tem sido marcante na cidade, e em toda a região. Várias foram as juízas e promotoras que atuaram na Comarca de Santa Isabel, todas demonstrando uma capacidade de trabalho e organização formidáveis. Com destaque para a Doutora Cláudia Villibor Breda, já há quase vinte anos à frente da Segunda Vara, com atuação importante na proteção dos direitos da criança e do adolescente. Sem esquecer as isabelenses que saíram da cidade para brilhar em várias atividades, como a Doutora Maria Lucinda da Costa, juíza de direito, e sua irmã Luciana Costa, atualmente diretora do BNDEs. No Ministério Público, a Doutora Adriana Rodrigues, também de família da cidade. Ou a vice-prefeita Terezinha Pedroso, com um trabalho notável na área da educação, além de estar demonstrando toda sua criatividade no setor do turismo e promoções em Santa Isabel. O mesmo se diga do trabalho da secretária da saúde, Helena Inácio, que tem sido muito eficiente à frente de sua pasta.

E na área empresarial, não se pode esquecer a atuação da Senhora Fátima Catanho que, juntamente com seu esposo Carlos e agora seus filhos, construíram desde o alicerce o Grupo Styllus. Aliás, toda a Educação na cidade – sempre de ótima qualidade – tem sido construída ao longo de décadas pelo trabalho formidável de diretoras e professoras. Sem falar no trabalho das advogadas, que a cada dia ganham mais relevância nas atividades da Justiça na cidade.

Assim, verifica-se que, ao contrário do que apregoam muitos, a participação feminina tem, sim, sido muito relevante e reconhecida pela sociedade.

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