Deixei para escrever essa crônica no final do dia ontem! Queria aguardar o resultado dos jogos da Copa. Torcia pelo Brasil, é claro! Consciente do risco que corríamos na disputa contra a Croácia.
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Muitos estão chamando esse evento esportivo mundial de “Copa da Zebra”, apesar do animal típico do Catar ser o camelo e não o cavalinho de pijama, mais comum na África. O apelido decorre justamente porque os favoritos estão sendo eliminados do campeonato por times sem tradição esportiva. Mas isso não é verdade!nosso
Eu diria que esse campeonato é composto dos melhores jogadores do mundo, cada um correndo na defesa das cores de seus países. Mas todos esses atletas pertencem aos melhores times do mundo que, nesse evento, jogam uns contra outros que, na vida real, são seus companheiros de equipe.
Então o que se percebe é que um estilo de futebol está predominando no mundo: o futebol europeu, bem diferente daquele estilo que consagrou a seleção brasileira no passado.
Nossos jogadores foram exportados para inúmeros times do mundo, levando com eles as habilidades e a cultura futebolística existente no Brasil. Ao longo do tempo, suas habilidades foram absorvidas por outros atletas que, impulsionados pelas empresas patrocinadoras, evoluíram muito além do estilo que consagrou o Brasil.
Em nosso país caracterizamos o futebol pela esperança e não pela evolução técnica. Damos muito mais valor às características individuais do que coletivas o que nos torna dependentes de um ou dois jogadores. O resultado é esse: nas últimas Copas voltamos mais cedo para casa (minto: para os times para os quais nossos atletas foram vendidos), sem ter aprendido a jogar como um conjunto. Fomos derrotados pela orquestra da Croácia que jogou com harmonia. Perdemos nos pênaltis, é verdade, onde o componente principal é uma boa dose de sorte. Mas o adversário, em minha opinião, jogou melhor.
Talvez tenha sido melhor. Vamos olhar para os nossos atletas e promover uma valorização do conjunto, o mesmo conjunto que torcemos que o nosso novo governo consiga montar no time que assume a direção do país no dia primeiro de janeiro.
Já que não podemos mais torcer no nosso futebol, vamos usar as nossas energias torcendo pelo Brasil. O técnico talvez não seja o que você desejou, mas reconheça: ele é o técnico e gostemos ou não, cabe a ele definir o caminho e as estratégias que vamos utilizar para ganhar mais e melhor qualidade de vida nos próximos quatro anos. Vamos somar nossas forças ao coletivo, sem disputar a bola!