As bebidas alcoólicas registraram inflação de 0,35% em março e 5,17% no acumulado dos últimos 12 meses, tem cerveja mais cara nas prateleiras. É o que indica o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), apurado pela APAS (Associação Paulista de Supermercados) e divulgado nesta segunda-feira, 25/04.
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No aumento no preço das bebidas destaque para a cerveja mais cara, que subiu 0,24% por conta dos preços ajustados pela indústria. O setor conseguiu, até 2021, absorver a elevação dos fretes marítimos, mas agora começa a repassar os preços por conta das repetidas altas na cotação do barril de petróleo.
O reajuste que aconteceu na indústria terá reflexo no consumidor final, seja nas prateleiras do mercado ou na cervejinha do happy hour, todo mundo sentirá o aumento da bebida alcoólica mais consumida pelo brasileiro.
Já as bebidas não alcoólicas a alta foi ainda mais elevada chegando a 0,98% e de 9,77% no acumulado dos últimos 12 meses. Os refrigerantes foram o destaque, com aumento de 1,27% em março e 13,96% no acumulado dos 12 meses, acompanhando a subida dos preços internacionais do açúcar.
Para Diego Pereira, economista da APAS, o conflito entre Ucrânia e Rússia, a alta dos combustíveis, a desorganização das cadeias logísticas e a inflação generalizada no mundo pressionam os preços no Brasil e refletem na ponta do consumo, onde estão os supermercados e principalmente os seus clientes. Todos estes fatores acabam contribuindo para a alta nos preços de diversos itens de consumo alimentício, entre eles, a cerveja.
“A expectativa para o primeiro semestre deste ano é de instabilidade em muitos setores da economia, principalmente naqueles sensíveis aos preços internacionais das commodities. O processo de alta é generalizado. A inflação nos Estados Unidos já chega a 7,8%. É a maior em 40 anos. E na Zona do Euro fechou março em 7,5%”, finaliza Diego.