Marcada no calendário de eventos oficiais do Estado de São Paulo e considerada tradição de Santa Isabel, o teatro da Paixão de Cristo completou 24 anos desde a estreia com a proposta de apresentar, a cada ano desde 2007, diferentes perspectivas de uma mesma história: a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
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Em 2024 o tema escolhido pelos artistas que dão vida aos personagens e passagens bíblicas foi “E o verbo se fez carne e habitou entre nós”, versículo de João. Segundo o diretor geral da peça e intérprete de Jesus, Emerson Bicudo, toda a apresentação tem como base o tema, ou seja, desde músicas e iluminação até a performance dos artistas são definidas de acordo com o versículo proposto.
O diretor comenta que este ano a peça da Paixão de Cristo tem como objetivo mostrar os sentimentos vivenciados por Jesus, com o reflexo do aspecto humano: “A peça mostra a humanização de Jesus, como a encarnação de Deus no homem, que veio para viver tudo aquilo que o ser humano passa, como o amor, o ódio, o perdão. Então buscamos evidenciar o lado mais humano de Jesus”.
E para representar essa perspectiva do apóstolo João, Emerson comenta que a edição vem após meses de intensa preparação de toda a equipe da peça, com estudos, pesquisas com teólogos e historiadores, ensaios que acontecem desde janeiro, e diversos outros fatores que impactam na narração da história. “Fizemos oficinas corporais, auxílio de especialistas em dividir atores, leituras de mesa e de áudio, oficinas de estudos de dança, estudos bíblicos, e muito mais”, disse o diretor.
O diretor acrescenta que a apresentação conta com a ajuda de atores novos e de mais experientes, como o retorno do ator Marconi Oliveira ao papel do antagonista: Satanás.
Para Emerson, a união das gerações faz com que a obra revele todos os talentos do município: “É importante destacar que todos os atores envolvidos na peça são isabelenses, e isso é uma grande vitrine da arte de Santa Isabel”.
Tecnologia em ação
Um dos fatores que acompanham as apresentações da Paixão de Cristo é a presença da tecnologia. Nos últimos anos a encenação contou com a produção de um estúdio especializado em efeitos técnicos, que anualmente se prepara em conjunto com atores e produtores, para estudos e ensaios de efeitos sonoros e de iluminação.
Segundo o diretor geral, hoje toda a obra passa por tratamentos de áudio, testes antecipados e outros detalhes: “antigamente usávamos microfones ao vivo, mas já houve casos em que todos falharam na hora de iniciar. Hoje evidenciamos em meio à tecnologia, e influencia diretamente em aspectos como a trilha sonora, por exemplo”.
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Ele destaca que as inovações dos atores, produtores e da tecnologia apoiam no sentimento que o público vai receber ao vivenciar a experiência: “a arte é isso, fazer o ser refletir e pensar fora do comum”, comentou.
Tradição
Mesmo com a encenação tradicionalmente sendo na Sexta-feira Santa, a peça a Paixão de Cristo pode sofrer alterações a depender das condições climáticas, por exemplo. Na última edição a chuva impactou o evento, que ocorreu no Domingo de Páscoa.
Para possíveis atualizações nas datas ao longo dos anos, fique atento às redes sociais do Jornal Ouvidor, o qual avisará sobre quaisquer imprevistos.