Santa Casa presta contas

Hospital mantém tradição de garantir a transparência na gestão dos recursos oriundos do Sistema Único de Saúde - SUS

Durante reunião, foram empossados quatro novos membros da Irmandade: Afonso Celso Lenzi; Ildefonso de Albuquerque; Manoel Antônio da Silva Araújo e Valdir José da Silva.

Prestes a encerrar mais um ano no cuidado da saúde, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Santa Isabel decidiu dar mais divulgação de suas contas. O provedor Benedito Machado Ribeiro salienta que, “nossas contas, atualizadas, sempre estiveram disponíveis no site e no Portal da Transparência, além de serem analisadas anualmente pelo Tribunal de Contas”, garante.

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Em assembleia realizada na manhã do último sábado, 22/10, foram empossados quatro novos membros da Irmandade: Afonso Celso Lenzi; Ildefonso de Albuquerque; Manoel Antônio da Silva Araújo e Valdir José da Silva que, de imediato, tomaram conhecimento da situação econômico financeira da entidade.

Para um público de 18 membros reunidos no auditório do Hospital Gabriel Cianflone, o diretor Alexandre Maia Ribeiro expôs o plano de ação para 2023, dando consequentemente uma visão antecipada do resultado de 2022.

A Santa Casa, sendo uma entidade filantrópica, tem suas receitas basicamente oriundas de transferências das diversas instâncias do governo e decorrentes de prestação de serviços tanto para a rede pública como particulares.

As receitas são compostas de subvenções pelo apoio prestado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de origem municipal e outras originárias do Estado e da União. Entre as primeiras destaca-se o programa “Mais Santa Casa” e, entre as federais a contratualização pelo atendimento ao SUS (Serviço Único de Saúde) de média e alta complexidade; o incentivo ao apoio da contratualização e o plano operativo, recursos que são repassados à Prefeitura que deve direcioná-los para o Hospital.

Além desses recursos, têm os decorrentes de convênios de saúde e o atendimento a particulares. “Esses valores para 2023 estão estimados, sem reajuste, em R$16.460.794,92 e, com reajuste em R$17.706.776,21. O número pode impressionar, mas diante do montante das despesas pouco representam”, destaca o diretor Alexandre.

Alexandre explica ainda que as despesas são compostas pelos custos de profissionais de apoio, médicos e fornecedores terceirizados: – Essa chega ao valor de R$20.242.185,79. Na melhor das hipóteses o déficit para 2023 será de R$2.535.409,58 se houver o reajuste das receitas ou, R$3.781.390,87 sem o reajuste.

Questionado com relação ao resultado estimado de 2022, o Diretor Alexandre explicou que as receitas desse ano devem totalizar R$15.637.195,17, e as despesas o mesmo valor estimado para 2023 sem o reajuste – Nossa expectativa é que recebamos mais alguma emenda ou doação evitando um eventual déficit nesse ano!

UPA

Pela manutenção da Unidade de Pronto Atendimento, sob a responsabilidade da Santa Casa até fevereiro de 2023, o cenário é incerto. Decorrentes de convênios municipal e federal, a Santa Casa receberá em 2023, sem reajuste R$9.071.597,16 para o enfrentamento de R$9.600.614,05 de despesas, condição em que o déficit será de R$529.016,89. – Se houver reajuste nas receitas poderá haver um superavit de R$68.668,79.

Alexandre esclarece que, caso o contrato com a UPA se encerre efetivamente em fevereiro próximo, a Irmandade apresentará um déficit de R$391.879,41 decorrente dos encerramentos dos contratos trabalhistas com os profissionais de apoio, médicos e despesas gerais cujo total chega a R$1.147.879,84 contra uma receita estimada no período de R$ 755.966,43.

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