Região continua abaixo da meta da vacinação infantil

Entidades emitem alerta ao Brasil sobre baixa da vacinação infantil. Na região cidades também vivem retrocesso na imunização deste público

Morte por Sarampo
Retorno da doença que já estava erradicada há anos, pode estar atrelada a recusa pela vacinação.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) chamaram a atenção do Brasil para os baixíssimos indicadores da vacinação infantil no país. Para entidades a desinformação é o principal gargalho deste problema. Na região, as prefeituras ainda trabalham no convencimento de pais para a necessidade mais que urgente de atualização da caderneta de vacina de seus filhos.

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O relatório das entidades aponta que a desinformação atrelada a campanhas urgentes de vacinação como a da Covid-19, contribuíram para a queda da cobertura vacinal de outras doenças no público infantil. Mas nas secretarias de Saúde de Igaratá e Santa Isabel essa baixa já vinha sendo sentida bem antes da pandemia.

Em Santa Isabel, a secretaria de Saúde já vem sentindo essa baixa nos últimos anos, mas de acordo com a Pasta ela se intensificou ainda mais com o isolamento imposto pela pandemia. Em todas as vacinas do público infantil a secretaria tem ficado abaixo da meta dos 95% determinado pelo Ministério da Saúde, principalmente nas imunizações que dependem de doses de reforço como a do sarampo, por exemplo.

De acordo com a secretaria de Saúde, em 2021, aproximadamente 196 crianças deixaram de realizar o esquema completo da vacina contra a poliomielite, enquanto outras 114 não completaram o esquema vacinal contra o sarampo, caxumba e rubéola. A cidade registrou 13 casos positivos de sarampo, todos eles em 2019.

Igaratá informou que a vacinação infantil está abaixo do esperado, em uma meta determinada pelo MS de 98% para o município, a cidade conseguiu cobrir apenas 65%: “Estamos trabalhando diariamente para melhorar e atingir cada vez mais nossas metas em relação a cobertura vacinal de nossas crianças”, informou a secretaria de Saúde de Igaratá.

Na cidade, 30% das crianças ainda não foram levadas por pais e responsáveis para completarem as suas doses adicionais. O Município reforça para que os pais levem seus filhos até a unidade para atualização da carteira de vacinação. A sala de vacinação está localizada no setor do Ambulatório, no centro da cidade e está aberta de segunda a sexta, das 07h30 às 15h30. Todas as vacinas estão disponíveis.

Bruno Felipe, enfermeiro do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Santa Isabel esclarece sobre a necessidade dos pais visitarem constantemente as unidades de saúde e assim levarem consigo as cadernetas de vacina para análise da equipe profissional: “Todos os profissionais dos postos de saúde estão prontos para recomendar a vacinação e aplicá-las se for necessário, o que não podemos é estar com a imunização incompleta”, aconselhou.

De acordo com Bruno, a vacinação das crianças deve acompanhar as idades previstas no Plano Nacional de Imunização (PNI), pois elas auxiliam na proteção dos sistemas imunológicos contra as doenças das quais as crianças são mais vulneráveis. “Ao serem vacinadas não só nossas crianças são protegidas, mas toda a população, pois só a vacina é capaz de interromper a circulação de muitos vírus e bactérias”, finaliza.

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