PM resgata mulher mantida em cárcere privado por três anos

Caso aconteceu em Arujá, e graças à denúncia de vizinhos, homem foi preso, mulher e filho estão livres

Caso será investigado pelas equipes da DDM de Arujá.

Por meio de uma denúncia anônima, a Polícia Militar de Arujá resgatou uma mulher que vivia há três anos em cárcere privado no Bairro Mirante. Ao chegar no local, a PM de fato constatou que a vítima vivia trancada dentro da própria residência.

Foi notícia no Ouvidor

A Polícia conseguiu entrar na residência e neste momento o agressor não estava no local. A vítima confessou aos policiais a condição que era mantida e que o marido não lhe permitia ficar com as chaves da casa, nem ter acesso a um telefone celular para se comunicar com quem quisesse.

A mulher revelou aos policiais que vivia sob ameaça constante e que o marido tinha um ciúme doentio e era muito agressivo, sendo manipulador até com o filho de apenas um ano. Pouco tempo depois da chegada da polícia, o homem compareceu à residência, o mesmo foi preso em flagrante e responderá criminalmente pelos crimes de violência doméstica e cárcere privado.

O caso foi registrado na Delegacia de Arujá. Ao Jornal Ouvidor, a Delegada Titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM de Arujá) Dra. Regina Campanelli, deu detalhes da ocorrência: “A vítima relatou que ao longo destes três anos, sofria violência psicológica, física, mas que nunca levou estes fatos ao conhecimento à Polícia por medo do seu esposo”, explicou.

Ainda de acordo com a Delegada, “trata-se de um caso típico de violência doméstica, e um ciclo que se agrava mais. Ele colocava essa vítima em condição de submissão, e ainda ameaçava a vítima dizendo que se ela o denunciasse, ele pegaria a guarda do filho do casal.”, relatou.

Neste caso de violência doméstica, foi de suma importância a participação dos vizinhos que notaram o que estava acontecendo com essa vítima e tomaram a decisão de denunciar.
“No município de Arujá, temos uma ampla rede de proteção à mulher. É só preciso tomar o primeiro passo, ou seja, 190 (Polícia Militar), ou a central de atendimento à mulher 180, ou comparecendo pessoalmente na DDM, e que a partir deste primeiro passo, a rede de proteção será acionada, e todas as medidas serão tomadas”, finaliza Dra. Regina.

Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments