Ninguém pode duvidar da força que têm os partidos de esquerda para criar expressões que servem de “carimbo” contra os seus oponentes. No Brasil, isso ocorre desde a redemocratização, com o surgimento do Partido dos Trabalhadores. E uma das expressões mais utilizadas desde as últimas eleições tem sido a de imputar aos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro a denominação de gado. Ou seja, um agrupamento que segue o líder – macho alfa – de forma servil, quase cega, uma manada.
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Mas parece que o verdadeiro “gado político” do Brasil é o P.T. Sim, são os petistas que seguem de maneira animal o seu macho alfa, que é o presidente Lula. Só que este, ao invés de usar o sino de comando, usa uma “flauta mágica”, com a qual leva os petistas para onde quer.
Inicialmente, o grande inimigo era o então governador Paulo Maluf, para o qual a esquerda pedia prisão. “Maluf na cadeia” era o bordão da época. Porém, bastou surgir o interesse político de Lula para que este, junto com o então candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, fosse aos jardins da mansão de Maluf para pedir apoio, inclusive com a clássica foto. Na verdade, foi uma vingança de Maluf, mas a petezada aceitou, como manada que é.
Depois tivemos o episódio da candidatura de Geraldo Alckmin a vice-presidente de Lula. O mesmo Geraldo que, tanto em 2.006 como em 2.018, acusava o petista de corrupto e era combatido sem trégua pelo P.T. – inclusive no estado de São Paulo – foi carregado no andor da hipocrisia pela turba petista. Bastou a manada ouvir o som da flauta mágica que tudo foi esquecido.
Agora temos a situação da ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Esta deixou o Partido dos Trabalhadores sob a alegação de que não podia ficar numa agremiação comprometida com a corrupção. E, na votação do impeachment contra a ex-presidente Dilma Roussef, votou pela cassação do mandato desta. Ou seja, participou ativamente daquilo que o próprio Lula chamou de um golpe contra a então presidenta.
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E os petistas seguiram o coro, não perdoando a então conhecida como Martaxa, Mas, mais uma vez Lula, de olho na conquista da prefeitura de São Paulo pelo candidato Guilherme Boulos, viu em Marta uma ajuda preciosa, e não só impôs sua volta ao Partido dos Trabalhadores como a ungiu como candidata a vice-prefeita da cidade. E a manada petista bateu palmas, pois é assim que anda o gado político disciplinado.
Mas, verdade seja dita, também temos um gado menor, menos obediente, que é o que seguiu o ex-presidente Bolsonaro. Deste, podemos dizer que é um gado em permanente estouro, rebelde, como o é o seu atrapalhado atual macho alfa, Jair Bolsonaro.