Na semana mundial da reciclagem, celebrada no último dia 18/03, o galpão da cooperativa de reciclagem de Santa Isabel passou a maior parte dos dias fechado. A ausência dos coletores já era sentida nas ruas há meses, em bairros como Jd. Novo Éden, Eldorado, Treze de Maio, Parque Santa Tereza e no Monte Serrat os moradores revelam a indignação pela ausência da coleta e consequentemente o acúmulo de lixo em suas casas. Deficiência na coleta pode prejudicar município em ranking de indicadores ambientais.
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A secretaria Municipal de Meio Ambiente garante que a cooperativa não fechou, mas atualmente está passando por uma mudança de gestão, isto é, em sua diretoria. O que já havia acontecido anteriormente, mas falhou em decorrência da inexperiência com gestão de pessoas e do negócio pela pessoa responsável.
Atualmente o galpão de reciclagem, situado na Rua Prefeito José Raimundo Lobo, Bairro Monte Serrat está sob a gestão, desde 2016, da Cooperativa Impacto Reciclagem. Na presidência da cooperativa está Querliane Souza Santos de Novais.
A Prefeitura não possui nenhuma responsabilidade jurídica sobre a gestão da cooperativa, mas é responsável em disponibilizar o galpão onde o material é depositado e separado, além de arcar com os custos de água, luz e manutenções em geral como a do caminhão, cujo veículo também é cedido pela administração municipal. “Dos trabalhadores da cooperativa, apenas o motorista do caminhão é de responsabilidade da administração municipal, todos os demais, inclusive os que realizam a coleta porta a porta, são contratados pela Impacto Reciclagem”, informou o Meio Ambiente.
A Secretaria informou ainda que a Impacto Reciclagem está em busca de pessoas interessadas em gerenciar a cooperativa, com seus ônus e bônus, para assim, dar continuidade à coleta, separação e destinação final dos recicláveis na cidade. A contratação deste novo gestor administrativo pode ou não representar a troca de entidade a frente da cooperativa, mas isso só ocorre caso a Impacto Reciclagem decida encerrar suas atividades, o que obrigaria a Prefeitura a abrir um novo chamamento público para a contratação de uma nova entidade.
Enquanto isso, nos bairros, a pergunta é a mesma – Quando a coleta vai passar? A moradora do Parque Santa Tereza, Adriana Carvalho é consultora ambiental e sabe como ninguém sobre a importância do serviço para a cidade. “Minha garagem está abarrotada de reciclagens, meu marido e eu fazemos questão de separar, pois além de ser uma ação ecologicamente correta, a minha reciclagem pode vir a ser o sustento de uma família que vive disso. Por isso, optamos por dar o destino correto. Nossa natureza está agonizando e precisamos fazer algo, gosto muito da frase do Pequeno Príncipe que diz: ‘Tu te tornas eternamente responsável pelo que tu cativas’, nos tempos atuais eu diria: ‘Tu te tornas eternamente responsável pelo “lixo” que tu geras’”, disse.
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A Prefeitura informou que o serviço porta a porta não foi totalmente paralisado e que a coleta está sendo realizada na medida do possível. A reportagem tentou contato com os representantes da Cooperativa Impacto Reciclagem, mas não obteve retorno.