Justiça de Arujá condena narcotraficante

Um dos maiores narcotraficantes do Brasil, Anderson Gordão e que se infiltrou na Prefeitura de Arujá na gestão passada, é condenado a mais de 11 anos de prisão

Anderson Gordão
Anderson Gordão foi preso em setembro de 2022, quando almoçava em um restaurante na cidade de Poá. Foto: Arquivo Pessoal

O narcotraficante Anderson Lacerda Pereira, 43 anos, conhecido como Anderson Gordão, foi condenado há 11 anos e quatro meses de prisão. Além dele, o Juiz da 2ª vara criminal de Arujá, Dr. José Henrique Oliveira Gomes condenou outras três pessoas, incluindo o filho do narcotraficante, pelo crime de associação criminosa. De acordo com a justiça arujaense, Anderson era o líder do bando.

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Anderson era proprietário de 38 clínicas médicas e odontológicas na Grande São Paulo, inclusive na cidade de Arujá, onde tinha cerca de 15 casas de alto padrão. Uma de suas clínicas, que funcionava no centro, era utilizada para atender integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), baleados em confrontos.

Na gestão do ex-prefeito de Arujá Dr. José Luiz Monteiro e seu vice Marcio Oliveira, o narcotraficante Anderson Lacerda conseguiu se infiltrar na Prefeitura de Arujá fechando contratos milionários nos serviços de coleta de lixo, distribuição de alimentos e medicação na cidade, além de nomear parentes como laranjas.

Em julho de 2020, o vice-prefeito, Marcio Oliveira chegou a ser preso, suspeito de ligação com o narcotráfico e desvio de dinheiro público.

As investigações apontavam que Anderson Gordão, tido como um dos maiores narcotraficantes do Brasil, desfilava tranquilamente pela cidade de Arujá em carros de luxo e com a segurança feita por policiais. Segundo a PF, Gordão foi o responsável por enviar toneladas de cocaína para Europa, ele era inclusive procurado pela polícia internacional (Interpol).

Após dois anos foragido, Anderson Gordão foi preso em setembro do no passado, em Poá. No julgamento ocorrido na quarta-feira, a justiça de Arujá condenou também Gabriel Donadon, 28, filho de Anderson Gordão, Edmilson Silva, 43 e Luciano de Almeida, 46.

Dor de dente na cadeia

Preso na penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, Anderson Gordão tem enfrentado severas dores de dente na prisão. A secretaria de Administração Penitenciária informou que o preso recebeu todos os atendimentos necessários desde que ingressou na unidade.

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