Jornaleiros: fios que conduzem a informação à população

Reportagem da Série Profissões comemora os 34 anos do Jornal Ouvidor com a história dos jornaleiros Yoshito e Elza Kadomoto.

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A Banca Central, localizada na Avenida da República, abre de segunda a sábado, das 06h30 às 16h30. Em domingos e feriados, das 06h30 às 12 horas.

Responsáveis por entregar aos leitores as notícias que podem gerar revolta, alegria e comoção, os jornaleiros dedicam suas vidas à prática de fornecer, além de tantos exemplares, os 34 anos de Jornal Ouvidor. É o caso de Yoshito Kadomoto e Elza Kadomoto, o casal que há mais de 12 anos disponibiliza as edições no coração da Avenida da República, no Centro de Santa Isabel.

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Hoje aos 74 anos, Yoshito conta que sua história com os jornais e revistas começou logo na infância, quando a paixão pela leitura já o acompanhava todos os dias. Segundo ele, esse amor pela literatura se tornou a principal motivação para eles adentrarem no mundo das vendas dos exemplares.

Entretanto, o Jornaleiro recorda que antes de chegar no caminho dos entregadores de informação, vivenciaram diferentes profissões, como por exemplo, a profissão de florista, a qual atuaram por diversos anos até chegarem na primeira banca de jornal, localizada em Arujá.

Moradores de Santa Isabel, eles comentam que a locomoção diária para outro município por três anos trouxe dificuldades, como o cansaço e a correria. A junção dos fatores fizeram com que o casal fechasse a banca arujaense.

Porém, Yoshito comenta que uma das principais mudanças em sua vida aconteceu em 2012, quando conhecidos ofereceram a oportunidade de darem seguimento ao legado da “Banca Central”, a mais antiga do município e que reúne mais de 40 anos de história.

E assim se estabeleceram no Centro de Santa Isabel, onde acompanham as evoluções da profissão até os dias de hoje. Dentre as experiências dos últimos 12 anos, vivenciaram o sucesso e a procura por milhares de revistas e jornais como o “Ouvidor”, o surgimento de novas amizades e o carinho dos leitores de todas as idades que buscam os caminhos da leitura.

Elza Kadomoto comenta que semanalmente – principalmente aos sábados, leitores esperam ansiosamente a abertura da banca para conferir a nova edição dos jornais: “Muitas pessoas aparecem aqui 6 horas da manhã! E esperam fielmente para lerem os exemplares”, destacou.

Questionados sobre o futuro da profissão, Yoshito e Elza Kadomoto afirmam ser uma “incógnita”. De acordo com eles, as evoluções tecnológicas permitiram às pessoas o acesso à leitura nos celulares, porém, não têm a certeza se todos os 210,3 milhões de brasileiros conectados em smartphones – segundo levantamento da Global Overview Report 2024 – continuam a prática da leitura.

Portanto, Yoshito e Elza deixam, em suas mensagens às novas e futuras gerações, o pedido para que nunca deixem de procurar pela leitura, seja de forma online ou física, pois ela “abre portas para as coisas boas do mundo”.

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