Com orçamento inicial de R$2,9 milhões, os investimentos do Centro de Formação Pedagógica, no Centro de Santa Isabel, podem chegar a mais de R$4 milhões até sua conclusão. A primeira fase do prédio – que promete melhorar os serviços da Educação – começou em janeiro de 2022. No entanto, a desistência de empresas adiou a conclusão das obras que vir a acontecer apenas em 2027.
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A obra é de responsabilidade do Governo Federal em conjunto com a Prefeitura de Santa Isabel. À reportagem, a administração municipal informou que a empresa vencedora da licitação na primeira fase – e então responsável pela obra da Rua João Pessoa – não atendeu aos termos do edital e desistiu do trabalho. Como justificativa, alegou problemas no solo:
“Na etapa das fundações com processo mecânico, todas as propriedades ao lado apresentaram rachaduras, obrigando então a fazer o trabalho manualmente, o que sobrecarregou todo o processo da obra, levando a empresa a desistir”, afirmou a gestão.
Três outras empresas já sucederam a inicial e, dos R$2,9 milhões previstos, já foram gastos mais de R$1,8 milhão. Até a conclusão dos trabalhos, é possível que os investimentos ultrapassem R$4 milhões: “dificilmente a Prefeitura terá condições de enfrentar esse desafio com rapidez. É uma obra para possivelmente mais três anos até a conclusão final”, informa a administração.
Apesar do adiamento, a administração ainda acrescenta que a parte estrutural deve ser entregue no início de 2025, logo, será possível iniciar a fase de acabamento.
O Centro Municipal de Formação Pedagógica tem como objetivo a capacitação e especialização de professores, e contará com um auditório e salas de reunião técnico pedagógicas, palco para apresentações, camarim e um mezanino.
Obra já causou transtornos
Em abril deste ano, o Jornal Ouvidor esteve em uma residência próxima ao Centro de Formação, onde idosos com problemas de locomoção relataram o sofrimento e a convivência com detritos de cimento, pedras e sujeira.
Na ocasião, uma moradora de 65 anos, o marido, de 73, e a mãe, de 82, enfrentavam vazamentos de água pelo teto, onde o chão frequentemente ficava escorregadio – estes que acarretaram em mais de R$5 mil de danos à família.
Questionada sobre as condições atuais, a moradora afirma que a situação está “se normalizando”, e que espera a obra entrar em fase de acabamento para consertar os danos na residência. “Trocaram as bandejas de madeira, e fazem a limpeza do local, porém, sem mais construções no momento”, finaliza.