A imprensa engajada

Santa Isabel
Advogado e colunista do Jornal Ouvidor, Dr. Luís Carlos Correa Leite.

Até o advento das chamadas redes sociais era a imprensa tradicional – formada pelos rádios, televisões, jornais e revistas – a grande condutora da chamada “opinião pública”. Pessoas mais esclarecidas esperavam o amanhecer para ir às bancas de jornais, ou a entrega aos assinantes dos então “jornalões”, como o “O Estado de São Paulo”, “ Folha de São Paulo”, “ O Globo” e outros jornais regionais.

Foi notícia no Ouvidor

Cada um desses órgãos de imprensa tinha a sua orientação, que era clara e definida. As rádios e televisões – sempre de olho nas concessões públicas – eram mais cuidadosas. Algumas eram até mesmo órgãos auxiliares da comunicação oficial, como a TV Globo.

Porém, com a chegada das redes sociais, a informação tornou-se impossível de ser controlada, para o bem e para o mal. Como disse o filósofo Umberto Eco, a internet “deu voz a uma legião de imbecis”. Até aí, tudo bem e era esperado. Mas o mais grave é que parece que os imbecis também tomaram as redações dos órgãos de imprensa, confundindo as suas opiniões pessoais com o dever sagrado da profissão, que é o de dar a informação precisa e imparcial ao público que dela necessita.

É o que temos visto nestes tempos. Parece que o governo do presidente Lula ainda não começou. Continua a caçada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, e só se fala dele. Quem está razoavelmente informado sabe que a epidemia da dengue está aumentando a cada dia, com número de mortes preocupante, inclusive com a decretação de estado de emergência em várias cidades da nossa região.

No tempo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em que ocorreu uma epidemia global, do Covid, o Ministério da Saúde passou a ser notícia todos os dias. Agora, temos um silêncio que é cumplice por parte dos órgãos de imprensa, tomados por setores da esquerda.

Ainda nesta semana os rodapés de notícias informam que está faltando antibióticos para tratamento da hanseníase, doença transmissível, e remédios para a população indígena, obrigações a cargo do governo federal. O número de mortes da nação Yanomami superou o do governo passado e ninguém comenta.

A situação no Ministério da Saúde é tão grave que os segundo e terceiros escalões foram demitidos, mas sendo substituídos por outros militantes despreparados do Partido dos Trabalhadores. Prepara-se uma “saída honrosa” para a ministra Nisia Trindade, que é socióloga!! e que foi escolha da “cota pessoal” do presidente Lula.

Na área econômica, o último déficit anunciado, de cinquenta e quatro bilhões de reais, o que afeta a estabilidade da moeda nacional, tem sido omitido pelos órgãos de imprensa.

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