Arujá é alvo de operação contra lavagem de dinheiro

Operação Golden Fat realizada pelo Ministério Público e Receita Federal investiga a prática criminosa de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro

Operação Golden Fat

Arujá entrou mais uma vez, na mira de investigações de grupos especiais da justiça. Nesta terça-feira, 18/10, a Receita Federal deflagrou a Operação Golden Fat, e determinou a realização de buscas e apreensões em residências e escritórios do município, pertencentes a empresários supostamente envolvidos em ações fraudulentas que escondem práticas de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e outros crimes.

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O crime envolve grupos de pessoas que controlam diversas empresas de fachada no estado. A Operação Golden Fat, foi realizada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), Receita Federal em parceria com os grupos de Atuação Especial de Repressão a Delitos Econômicos (Gedec) e de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O nome da operação faz referência aos ganhos exorbitantes que a quadrilha conseguiu obter com as práticas ilícitas, decorrentes de operações simuladas com gordura animal.

De acordo com o MPSP, o grupo econômico controla diversas empresas sem capacidade operacional. Essas empresas possuem em seu quadro de societários, contadores e representantes comerciais que são aliciados e entram como laranjas no esquema fraudulento.

Essas organizações atuam como elo entre os fornecedores e as empresas produtoras de biodiesel (provenientes da gordura animal). Elas simulam transações com o objetivo de gerar créditos indevidos, sobre impostos como o ICMS, PIS e Cofins.

“Desta forma, elas conseguem gerar milhares de notas fiscais frias e sem deixar lastros, aplicam diversos golpes em instituições financeiras e Fundos de Investimentos de Direito Creditório (FIDC), no qual investidores comuns, adquirem referidos títulos com a promessa de ganhos extras, após a vinda de possíveis lucros, mas os mesmos nunca recebem os valores devidos”, explica o MPSP.

Desta forma, a quadrilha mantinha uma vida luxuosa com viagens internacionais e aplicavam parte dos investimentos em bens como joias, obras de arte, mobiliários, roupas de grife, relógios, bolsas, veículos e imóveis de alto padrão.

Algumas das empresas do grupo também eram utilizadas para a realização de manobras visando à lavagem de dinheiro dos valores obtidos com as práticas criminosas.

De acordo com o MPSP, foram realizados 11 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios de contabilidade ligados aos investigados. Além de Arujá, as buscas também foram realizadas nas cidades de Atibaia, Guarulhos e São Paulo.

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