Vendas de Páscoa devem avançar até 15%

Brasília - Compra de ovos de páscoa em lojas de Brasília. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A época mais doce do ano bate à porta e além dos chocolates, o coelhinho traz também boas expectativas para o comércio. A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) estima que as vendas de Páscoa apresentem alta entre 10% e 15% em comparação com o ano passado.

A previsão acompanha pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que calcula um movimento de R$ 2,49 bilhões em vendas para a data.

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Nos corredores dos supermercados, nas lojas especializadas e nas confeitarias o clima da Páscoa já domina há algumas semanas, movimento que deve se intensificar nos próximos dias até o dia 9 de abril, quando a data será celebrada.

“A Páscoa é uma data importante para o comércio, especialmente, para os setores de supermercados, lojas que vendem as barras para a confecção dos ovos, assim como embalagem e as peixarias, que veem o aumento na procura pelos pescados no período da Quaresma. Além disso, a data é um termômetro para o setor sentir como serão os próximos eventos do calendário varejista”, explicou a presidente da Associação Comercial, Fádua Sleiman.

O empresário Cláudio Luís França, proprietário da Alumifran, aposta em uma Páscoa melhor que a de 2022, primeiro ano após o fim das restrições impostas pela pandemia. “A procura pelos produtos de Páscoa está superando as expectativas. Dois fatores podem estar influenciando este movimento. O primeiro é o preço dos ovos industrializados, e o segundo é motivado pelo fato do emprego ainda estar em baixa. Esse cenário direciona algumas pessoas para o mercado informal de vendas de ovos caseiros, o que cria um espaço para o aumento na busca destes produtos”, analisou.

De acordo com a CNC, a Páscoa paulista deve movimentar mais de R$ 977 milhões em vendas. Para suprir o avanço na demanda, segundo a entidade, houve um crescimento de 6,5% na importação de chocolate – totalizando 2,76 mil toneladas – em comparação com 2022. O produto chega às prateleiras com um valor 13,9% mais alto que no último ano em razão da inflação, aumento no preço de insumos e outros fatores.

O chocolate, grande protagonista da Páscoa, seja em formato de ovos, coelhinhos ou bombons, tem um sabor salgado se levarmos em consideração que 39,61% de seu valor é apenas impostos. Segundo o Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), outros produtos típicos da data também contam com uma alta carga tributária, como o bacalhau importado (43,78%), peixes (34,48%) e vinho importado (59,73%).

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