Vacina contra a Pólio agora é injetável

Segundo o Ministério da Saúde, a mudança é baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais.

Vacina contra a poliomielite agora é injetável
Em Santa Isabel, os profissionais de saúde foram treinados para a aplicação da vacina injetável contra a poliomielite. Foto: Secretaria de Saúde de Santa Isabel

A partir da próxima segunda-feira (04), os pais que levarem seus filhos para serem vacinados contra a Poliomielite, irão notar uma diferença. As doses de reforço contra a pólio que antes era na tradicional gotinha, agora será aplicada como todas as outras com auxílio da boa e velha agulha injetável.

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André Camargo, diretor de Vigilância em Saúde de Santa Isabel, explica que a secretaria de Saúde já promoveu o treinamento de todas as equipes das unidades para aplicação do novo modelo de vacina contra a pólio. Atualmente, o esquema de vacinação contra a Pólio conta com três doses injetáveis (2, 4 e 6 meses) e duas doses de reforço em gotas (15 meses e 4 anos). “Com a vacina sendo aplicada de maneira injetável, o esquema passa a ter somente a primeira dose de reforço aos 15 meses com a vacina sendo aplicada na coxa da criança.

Mudança acompanha países desenvolvidos

A decisão foi baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais para deixar o esquema vacinal ainda mais seguro. Segundo o Ministério da Saúde, países mais desenvolvidos como os Estados Unidos e parte da união europeia já utilizam esquemas vacinais exclusivos com a Vacina Inativada Poliomielite (VIP).

Segundo o Ministério da Saúde, o uso do novo método VIP, é mais um passo na erradicação da doença no Brasil que está há 34 anos sem a doença e contabiliza 47 anos de sucesso no uso da vacina por gotas – desde 1977 quando introduzida de forma oficial.

Ainda segundo o órgão, o Brasil tem se destacado positivamente no avanço das coberturas vacinais, mesmo após enfrentar declínios desde o ano de 2016. E a vacinação contra a poliomielite no país é uma das causas do resultado positivo. Em 2023, a cobertura vacinal para poliomielite alcançou 86,55%, ante os 77,20% em 2022. Os dados estão contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

A substituição no Brasil foi decidida em Reunião da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI). A decisão contou com a participação dos representantes de sociedades científicas, com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e acompanhamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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