Segundo notícias divulgadas, o Alto Tietê regrediu no número de habitantes em relação ao censo de 2010, o último realizado no país. No trabalho de levantamento iniciado no ano passado e que ainda não terminou devido a dificuldades encontradas pelos recenseadores, embora o país tenha crescido e a pandemia tenha provocado a migração de parte da população da capital para o interior, os números encontrados até agora indicam o decréscimo em relação às estimativas.
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Estimativa é a projeção do número de habitantes que é feita ano a ano visando dar suporte ao planejamento das cidades e comunidades. Tem como base dados da própria população observada nos anos anteriores e outras informações como o número de eleitores, de crianças nas escolas, nos atendimentos à saúde, etc.
Mas é no censo em que se baseia a distribuição de recursos federais aos municípios, como as verbas do sistema único de saúde e outras transferências obrigatórias determinadas na legislação. E está na diferença entre os números oficiais das estimativas e os resultados preliminares divulgados pelo censo de 2022 que pode ser um prejuízo para todos.
No Alto Tietê, em seis cidades a projeção feita no ano passado, não coincidiu com a atualização oferecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as seis está Santa Isabel que teve observada uma redução de 3,2% de diferença entre o estimado e o contabilizado. Os recenseadores registraram 56.435 habitantes enquanto a projeção estimava 58.529.
Um dos problemas apresentados pelo IBGE está o índice de pessoas que se recusaram a responder o questionário do censo. Santa Isabel teve 96,9% de sua população recenseada, mas houve algumas negativas que prejudicaram o acerto da contagem. Até início de janeiro, apenas quatro cidades haviam sido 100% recenseadas e foram exatamente essas que apresentaram um crescimento substancial, acima do estimado, como Arujá, que aumentou em 5,5% em relação ao estimado. Contabilizou 95.595 habitantes contra 92.453 do número estimado.
O censo executado com exatidão é fundamental não só para a definição dos recursos públicos federais e estaduais que são repassados aos municípios, mas também para a definição do número de escolas, creches, abastecimento de água e coleta de esgoto, transporte público e equipamentos de saúde. Melhor ainda quando os dados vêm com a localização do adensamento populacional que permite identificar o exato ponto de expansão das cidades.
Se sua residência não foi pesquisada pelo IBGE, entre em contato com a Prefeitura ou diretamente com a delegacia do Instituto de sua região porque você pode estar prejudicando a cidade onde mora e a sua própria qualidade de vida. Questão de bom senso!