Após reportagem do Ouvidor na última semana, centenas de moradores de Santa Isabel também questionaram a demora para realizar exames e consultas na Saúde do município. Relatos de espera que variam de meses a anos marcaram os mais de 100 comentários sobre a notícia divulgadas na rede do Jornal. (Veja mais abaixo a nota da Prefeitura Municipal acerca dos agendamentos).
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Entre os relatos, uma moradora que prefere não se identificar menciona a espera de meses para uma consulta com fonoaudiólogo: “Meu filho foi encaminhado pelo CAPS e, desde então, não tive respostas. Quando entreguei o encaminhamento me informaram que demoraria, mas não imaginei que tanto”, disse.
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Em outro caso, um morador relata a surpresa de uma endocrinologista com a demora para o retorno: “Fiz minha primeira consulta em maio e fui chamado em 23 de outubro. Quando cheguei, a médica perguntou por que demorei tanto para voltar. Ela pediu um novo retorno”, afirmou.
O que diz a Prefeitura?
Em nota, a assessoria de imprensa da secretaria municipal de Saúde afirmou que os agendamentos são feitos com base em prioridade e que cada caso é tratado individualmente: “As situações que requerem prioridade são apontadas pelo médico e tratadas com maior celeridade”, declarou.
Sobre os critérios para definir os casos prioritários, a administração informou que segue a ‘Política Nacional de Saúde’, onde os grupos prioritários incluem “crianças, gestantes, diabéticos, hipertensos, pessoas com deficiência e pacientes indicados pela conduta médica”.
A assessoria explicou ainda que o município oferece, mensalmente, 7.300 consultas médicas; 9.300 atendimentos com profissionais da equipe multidisciplinar (como dentistas, fisioterapeutas, enfermeiros, farmacêuticos e fonoaudiólogos). Também são ofertadas 1.900 vagas para exames laboratoriais e grupos educativos e terapêuticos. “Além disso, aproximadamente 2 mil atendimentos são realizados no CAPS e CAMI”, informou.
Na atenção especializada, a Pasta oferece 1.280 consultas médicas mensais em especialidades como neurologia (adulto e infantil), dermatologia, reumatologia, endocrinologia, cirurgia vascular, oftalmologia e otorrinolaringologia. “Essas especialidades são de responsabilidade do Estado, mas são absorvidas pelo município”.
Demanda reprimida
A assessoria confirmou que há uma demanda reprimida na fonoaudiologia, com 249 pessoas que aguardam consulta. Contudo, segundo a nota, “foram abertos quatro processos seletivos para a contratação de fonoaudiólogos, mas não houve inscrições de interessados, mesmo com o salário oferecido acima da média no município”.
Possíveis soluções
À reportagem, a administração informou que mais de 80% das demandas da Saúde são da atenção primária, e que tem “fortalecido os protocolos de encaminhamento para consultas em especialidades, com uma avaliação sistemática desses protocolos”.
Para as demandas de média e alta complexidade, a gestão afirmou realizar “reuniões de regionalização e outras instâncias, visando aumentar o número de vagas e aderir a programas de especialidades com atendimento online, entre outras medidas”.