Resiliência

por Roberto Drumond

turismo
Roberto Drumond - Editor chefe do Jornal Ouvidor.

190 anos não é uma vida! São várias vidas vividas ao longo de quase dois séculos, sucessões de pessoas, interesses, esforços, sonhos, realizações e algumas doses de dúvidas de incertezas. Esses anos todos construíram o que o município é hoje, mas persistem os mesmos fatores mencionados nas duas primeiras linhas dessa crônica.

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E não vai mudar! Pelos próximos 190 anos todos eles serão o guia e o acompanhamento dos esforços que cada cidadão faz para se realizar na vida, condição em que se constrói, igualmente a comunidade, afinal a cidade é o conjunto da vida de seus cidadãos.

Assim, somos nós autores e personagens da história que contamos e que deixaremos aos nossos filhos e netos. As nossas escolhas, na vida pessoal, na política, na escola e no trabalho dão o encaminhamento daquilo que seremos no futuro. E quem não tem dúvidas ou angustia diante do porvir?

Se hoje lamentamos as condições do lugar onde vivemos é porque, no passado fizemos escolhas que não resultaram no que desejamos, seja por incompetência, falta de vontade ou simplesmente por falta de condições ocasionais. Toda decisão que envolva a vida de uma cidade independe de um único cidadão, mas do conjunto de forças que movimentam a vida.

Se um grupo é omisso, o esforço de outros pode ser inócuo, assim o empenho de todos deve ser a meta a ser alcançada para que verdadeiramente se obtenha o ideal de todos. Há uma passagem que ensina: “casa dividida não prospera”. Portanto é necessária que haja união em busca do bem comum. É a isso que se chama política! Mas para isso é preciso que cada um abra mão de seus interesses pessoais e abrace o que entende como ser o bem comum.

É quando as divergências surgem. Para quase todos o bem comum é somente aquilo que eles são capazes de enxergar, o que faz para eles, a prioridade. Definir, de fato o que vem a ser prioridade, é uma arte que agrada a poucos, instalando das divergências.

Chegamos aos 190 anos com o esforço de gerações. E esse esforço deve continuar e se fortalecer através do diálogo e do entendimento entre todas as forças vivas da comunidade, o que requer participação de todos. Mas como?

A resposta requer que cada um de nós esteja disposto a renunciar a uma parte de nosso tempo e dedica-lo ao debate nas comissões, junto a vereadores e ao executivo, exercendo sobretudo o nosso direito de opinar e escolher e aceitando, democraticamente o desejo da maioria.

Se chegamos até aqui e pretendermos prosseguir é porque, de alguma forma, aprendemos a conviver. O essencial é que nos aperfeiçoemos cada vez mais, construindo um dia de cada vez, a compreensão de nossas possibilidades e o alcance de nossas forças. Com resiliência e perseverança!

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