Um amigo recém-chegado dos Estados Unidos onde viveu o clima das eleições presidenciais me conta algo que jamais havia imaginado: Diz ele que dependendo de suas convicções políticas você pode escolher o canal, a rádio e o jornal que quer ler, se contra ou a favor de seu candidato. Resgate
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Confesso que fiquei ligeiramente estarrecido, sempre imaginei que a imprensa americana fosse o que diz o discurso do bom jornalismo, imparcial e apartidário. Ele conta que não e garante que até mesmo os grandes veículos não escondem as suas preferências.
No Brasil, qualquer semelhança pode ser mera coincidência. Os jornais disfarçam e deixam para as colunas assinadas as manifestações sempre sob o título de análise que nada mais é do que a apologia de uma tendência.
Foi notícia no Ouvidor
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Recebi, coincidentemente de meu cunhado Caio Márcio que, na semana passada celebrou os seus 80 anos de vida, um texto do professor Carlos Alberto Di Franco, jornalista e consultor de empresas de comunicação. Ele propõe em seu artigo publicado no Estado de Minas e em outros jornais do país, uma reflexão do papel da imprensa. Sob o título Jornalismo- a batalha da credibilidade ele examina o desempenho dos jornais brasileiros e propõe o resgate das fórmulas que fizeram com que o bom jornalismo contribuísse decisivamente na formação da cultura em todo o mundo.
Di Franco aponta que está sobrando opinião e faltando informação. Pondera que cada vez mais as pessoas têm procurado consumir apenas as “notícias” que vêm de fontes que confirmam suas crenças e percepções. Observa que as redes sociais tiraram dos meios tradicionais a antiga exclusividade da mediação do debate público. O resultado é como se as pessoas estivessem sempre conversando consigo mesmas, já que as visões diferenciadas não chegam a seu conhecimento.
O Professor de Jornalismo propõe que a imprensa se detenha mais diante do factual, em pautas que ajudem a construir um país que não pode continuar olhando pelo retrovisor. Para ele a imprensas está repleta de intrigas e de factoides que não são, rigorosamente, notícias mas simplesmente versões. Resgate
A reflexão proposta pelo veterano Mestre deve entrar no coração e na cabeça das pessoas que se dedicam à arte da comunicação e provocar em suas ações mudanças que possam, efetivamente, melhorar o lugar em que vivemos certos de que, informação boa também é notícia. Resgate