A geração de empregos, um dos indicadores que compõem o índice da economia, apresentou resultado positivo no primeiro semestre deste ano para a indústria do Alto Tietê. No período, a Região registrou um saldo de 1.209 empregos. Somente em junho, o número alcançado foi de 462, mesmo índice contabilizado em janeiro.
Essa é a segunda alta consecutiva registrada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
O resultado de junho coloca o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) Alto Tietê, na sexta posição das regionais que mais contrataram no Estado, perdendo apenas para São Paulo, Campinas, Jundiaí, Franca e Sorocaba.
No período, os setores que concentraram as maiores admissões foram os de alimentos, vestuário, e manutenção de máquinas e equipamentos.
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De acordo com os dados do Caged, as admissões na Região avançaram mais de 8% se comparado os saldos de junho com maio, quando o resultado de contratações foi de 426.
O número do quinto mês do ano trouxe alívio para o setor que tinha acumulado dois recuos consecutivos, em março com saldo negativo de 107 empregos e abril com 50 menos postos de trabalho. As quedas vieram após movimentos positivos em janeiro (462) e fevereiro (16).
Mesmo com o avanço dos índices de emprego, a indústria ainda sofre com os efeitos da pandemia de Covid-19, os impactos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, além da inflação alta e aumento de juros, que freiam a produção e impedem que o número de admissões alcance ou supere o patamar do primeiro semestre de 2021, quando o saldo de contratações ficou em 3.265.
Neste primeiro semestre, alguns fatores colaboraram para mitigar as consequências negativas geradas pelas questões macroeconômicas. A liberação de recursos do FGTS e a antecipação da primeira parcela do décimo terceiro para aposentados e pensionistas, bem como a retomada econômica dos setores de comércio e serviços, foram importantes para a produção das indústrias de transformação.
O desempenho é refletido pelo Levantamento de Conjuntura FIESP/CIESP, que aponta um crescimento de 3,9% das horas trabalhadas na produção no segundo trimestre do ano se comparado com os três primeiros meses de 2022.
As vendas reais também apresentaram alta de 1,8%, assim como os salários reais médios que avançaram 0,2% no período.
“A indústria ainda está pressionada por diversos fatores que impactam a cadeia produtiva, incluindo a falta de matéria-prima e o alto custo dos insumos. O setor deve continuar avançando nos próximos meses, mas não de maneira abrangente”, apontou o diretor do CIESP Alto Tietê, José Francisco Caseiro.