Projetos de governo – Mal terminaram as eleições de 2022 e as baterias dos partidos políticos já estão mais do que quentes para as eleições municipais. Aliás, a própria imprensa já vem tratando da questão, o que só irá ocorrer só no final do ano que vem.
Mais textos de Luís Carlos Corrêa Leite
Ainda essa semana foi divulgada uma pesquisa sobre o quadro eleitoral da cidade de Salvador, na Bahia. Na cidade de Arujá, com o prefeito Dr. Luís Camargo fazendo uma ótima administração, parece que teremos uma reeleição acertada.
No entanto, como de costume, em Santa Isabel haverá uma disputa acirrada, tanto em torno da reeleição do prefeito Carlos Chinchila, como dos demais candidatos, Cleber, ex-vereador, e Luizão, atual presidente da Câmara.
Mas a população, os setores dirigentes da cidade e a imprensa devem exigir dos candidatos um plano de governo possível de ser realizado, inclusive com a indicação de recursos. De nada adianta fazer um projeto no meio do mandato, porque não há tempo para estudos, obtenção de verbas e implantação. Assim, continuam as pequenas obras de asfaltamento, construção de uma creche, reformas de prédios.
Santa Isabel precisa de um projeto de cidade que a modernize, consiga retirá-la do marasmo econômico em que se encontra, o que certamente motivou a queda da população apurada no último censo demográfico. E mais: que conte com a efetiva participação da população, através da realização de painéis de debates, audiências públicas, e abertura de canais para apresentação de propostas.
Ainda neste ano tivemos a entrega da obra de reforma da Variante, que liga a cidade à Via Dutra. Pelos recursos anunciados esperava-se que fosse haver, pelo menos, a criação da faixa extra de tráfego nas duas subidas, tanto a que se inicia no portal da cidade, como a que se inicia na entrada da Via Dutra.
São filas de veículos atrás de caminhões carregados, que agora não permitem sequer uma ultrapassagem, devido aos obstáculos divisórios de pista. Não se construiu uma entrada para a estrada do Gerê Muniz nem um acesso direto à estrada do Santíssimo, agora asfaltada.
Isso ocorreu pela falta participação da comunidade, que deveria ter sido ouvida por ocasião da elaboração do projeto. O mesmo se diga com relação à entrega do serviço de águas e esgotos à Sabesp. Durante a campanha de 2012 não se falou sobre o assunto, até porque tiraria votos. Mas, bastou uma crise de abastecimento para o então prefeito Padre Gabriel entregar os serviços e – o pior! – um patrimônio à época avaliado em mais de trinta milhões de reais de mão beijada. Agora, se a Sabesp for privatizada, esse patrimônio do povo de Santa Isabel será incorporado aos cofres do Estado de São Paulo.
Fica o conselho para os candidatos: ouvir a população.