Pesquisas Eleitorais

por LUIS CARLOS CORRÊA LEITE

Advogado e colunista do Jornal Ouvidor, Dr. Luís Carlos Correa Leite.

O assunto de todos os dias têm sido as pesquisas eleitorais. De acordo com estas, não há nem necessidade de eleição: basta empossar o ex-presidente Lula. Mas, se o presidente Bolsonaro está tão fraco, se candidaturas alternativas a esse quadro triste que se avizinha não têm a menor chance, por que esse desespero da imprensa, do próprio Supremo Tribunal Federal, das lideranças tradicionais, em dar como eleito o ex-presidente Lula?

Um grande político com quem convivi dizia que é preciso demonstrar força no início da campanha. E isso é verdade. Parte do povo, seja de direita ou de esquerda é como gado, segue o líder. Mas é preciso cuidado, nada está decidido.

No dia 28 de setembro de 2.018 o prestigiado Instituto Datafolha publicou pesquisa eleitoral, em que o então candidato Haddad tinha 45% dos votos, e Bolsonaro 39%. E mais, se a disputa fosse entre Alckmin e Bolsonaro, seria 45% a 38%. Deu no que deu. No ano de 1.985 o então candidato Fernando Henrique Cardoso estava tão eleito que tirou uma foto sentado na cadeira de prefeito da cidade de São Paulo.

Faltando dois dias o povo – esse malvado – elegeu o polêmico ex-presidente Jânio Quadros. O qual, antes de sentar-se na cadeira de prefeito, teve o cuidado de desinfetá-la, pois nádegas indevidas a tinham ocupado. Mais recentemente temos tido o caso do deputado Celso Russomano, que certamente já é o favorito para ocupar a prefeitura de São Paulo partir de 2.025. Tem sido assim há três eleições…

Essa dianteira de determinados candidatos decorre da memória recente do eleitor. Mas durante a campanha a história tem mostrado que o quadro pode mudar. A campanha existe para isso mesmo. Para cada candidato mostrar seus planos e virtudes e, principalmente, destruir a imagem dos oponentes.

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Cidadania e participação

Quem não se lembra da demolição da imagem da então candidata Marina Silva nas últimas eleições? O marqueteiro do Partido dos Trabalhadores – que, depois, soube-se que era pago por “doações” indevidas de empreiteiras -conseguiu colocar na cabeça dos eleitores que a coitada iria tirar a comida da mesa dos pobres, só porque ela era amiga de uma acionista de um banco. E é bom saber que este criativo marqueteiro cuidará da campanha do candidato Ciro Gomes, cuja boca se assemelha a um canhão de impropérios.

Imaginem quando começarem a mostrar o apartamento do ex-dirigente da Caixa Econômica Federal no governo Dilma cheio de dinheiro (53 milhões de reais). Ou a conta do servidor da Petrobrás na Suíça, com cem milhões de dólares? Vai sobrar cacetada para todo lado.

Por isso, é importante que o eleitor não se deixe influenciar pelas pesquisas eleitorais, que visam, claramente, formar um clima de “já ganhou”. Até o final do mês de junho teremos o quadro definitivo das candidaturas. O MDB irá apresentar o nome da Senadora Simone Tebet, uma mulher experiente, preparada, que certamente receberá muitos votos femininos. O próprio Ciro Gomes, também político experiente e capaz, e talvez mais algum.

Boas opções não faltarão.

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