Perguntar não ofende – Ando meio descrente de notícias que circulam no país. A grande imprensa, com as mesmas forças que divulgam as maravilhas transformadoras da inteligência artificial, fazendo com que anônimos e autoridades “falem” coisas que nunca falariam, divulga falas e imagens do ex-presidente em um vídeo descoberto essa semana no qual Bolsonaro defende um golpe de estado.
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Todas as articulações para um golpe de após as eleições presidenciais, inclusive envolvendo altas patentes das Forças Armadas (onde maioria teve juízo, graças a Deus), parecem uma surpreendente verdade.
Mas de repente me vem a memória aqueles dias em que, a mesma grande imprensa que hoje anuncia os milagres da inteligência artificial, falava das descobertas humilhantes feitas pela Lava Jato, indignando o mundo e o país com tais descalabros.
Tudo parecia uma surpreendente verdade que, hoje, dizem que não passou de fantasia de um grupo de juízes e procuradores ambiciosos de poder.
Me pergunto se dá para acreditar na inteligência artificial ou se, a grande imprensa acha que todos somos burros naturais? De uma coisa tenho certeza: qualquer que seja a verdade, o brasileiro preza a democracia.
O analista político Wilson Pedroso, em sua coluna no Estadão, demonstrou com habilidade estatística que não existe espaço para golpes no país. Segundo ele o fato do país estar radicalizado, com eleitores cada vez mais divididos, comprometendo muitas vezes relacionamentos familiares e de amizade, comprova que caminhamos para uma maturidade política mesmo que nessa trajetória encontremos eventuais discursos de intolerância e ódio. Observa que pesquisas demonstram que a divisão social provocada pelas divergências de apoios políticos ficou à frente de questões como classe, raça, religião.
E conclui: Se o brasileiro hoje tem exposto mais as suas opiniões e assumindo caminhos ideológicos comprova a convicção de que se vive em um estado democrático que lhes garante o livre direito de expressão e mais ainda, defende os princípios da Constituição Federal e reprova os atos que possam colocar a democracia em risco.
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Cabe-nos, portanto, agora, questionar a grande imprensa que traz ações como a “Tempus Veritas” desencadeada essa semana, se essa não passa de mais um milagre da inteligência artificial. Afinal, perguntar não ofende!