Notícias falsas – Como disse o filósofo, a internet deu voz ao idiota do boteco. O que antigamente era dito em rodas de conversas hoje se multiplica através das mídias sociais.
Não se pode negar que isso também tem uma influência positiva como canal de justas reivindicações, denúncias necessárias – mas que nem sempre são veiculadas pelos meios de comunicação -, e até mesmo como meio de garantir a transparência dos negócios públicos.
Porém, as mídias sociais, através do que se convencionou chamar de “fake news” (notícias falsas), também têm sido utilizadas como meio de destruição de reputações, construção de mentiras e, principalmente, como instrumento político. Por isso, e em tempos de eleição como já estamos vivendo em nosso país, é muito importante que as pessoas busquem fontes de informação isentas e confiáveis.
Como exemplo temos a situação do ex-presidente Lula. Após a decisão do Supremo Tribunal Federal, que anulou a condenação desse político, apressaram-se os interessados em espalhar a versão de que Lula foi inocentado.
Na verdade, o que ocorreu com o processo foi, primeiramente, uma decisão sobre a competência do Juízo de Curitiba para julgar o processo sobre fatos que teriam ocorrido na cidade de Brasília. O que tem muito sentido, mas que deveria ter sido apreciado já no início do processo, e não após o julgamento por três níveis da Justiça.
Depois, o mesmo Supremo Tribunal anulou o processo em virtude de uma suposta parcialidade do juiz Sérgio Moro. Isso devolveria o andamento para Brasília, com colheita de provas e novas decisões. Mas como o ex-presidente tem mais de setenta anos de idade, foi declarada a prescrição. Assim, não houve uma nova apreciação sobre que se denomina o mérito da questão. Ou seja, se Lula é inocente ou culpado.
Embora a questão não possa mais ser discutida, fica a dúvida. Ironicamente, as eleições de outubro funcionarão como um grande júri, em que a população deverá decidir se podemos ter um presidente suspeito de graves infrações.
Agora, temos a questão dos problemas econômicos, que geraram uma inflação há muito não vista em todo o mundo, escassez de alimentos, falta de produtos etc. Qualquer pessoa com um mínimo de informação sabe que esses problemas decorreram da pandemia do Covid, que desorganizou (e isso continua) a economia mundial.
Aliado a isso, tivemos problemas climáticos, e por fim a invasão da Ucrânia. Mas as oposições, através das mídias sociais, aproveitam para fustigar o governo do presidente Bolsonaro. Parte-se de um fato verdadeiro – a crise – para criar uma mentira.
Aliás, reconheça-se, essa mesma manipulação da opinião pública serviu para afastar do poder legítimo a ex-presidente Dilma, com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal inventando a história das pedaladas fiscais.