No Pé do Ouvido

por Redação

edição 1.447
Os bastidores da política regional, no Pé do Ouvido.

Confira os destaques do Pé do Ouvido no Jornal Ouvidor. Fique por dentro dos bastidores da região.

IGARATÁ

O TEMA – O assunto que dominou Igaratá na última semana foi um só. A tentativa de homicídio, na qual o chefe do setor de trânsito da Prefeitura, Marques Medeiros desferiu uma facada em um dos irmãos do ex-prefeito Celso Palau, justamente por uma discussão e briga de trânsito.

O CRIME – A vítima foi socorrida no PS da cidade e transferida na ambulância UTI do SAMU para a Santa Casa de Jacareí. Lá foi submetido a uma cirurgia de emergência e transferido para a UTI em estado gravíssimo, onde precisou permanecer internado por 06 dias. Teve alta sexta-feira.

A PRISÃO – O agressor foi preso em flagrante pelo crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, cuja pena vai de 12 a 30 anos de reclusão e levado para o plantão policial em Jacareí. De lá foi conduzido preso para o CDP de Guarulhos. No dia seguinte, a Justiça converteu a prisão em flagrante para prisão preventiva e ele segue preso.

A ARMA – Durante a discussão, testemunhas contam que Marques Medeiros trazia escondida na cintura uma faca, que sacou de surpresa, na emboscada, de forma traiçoeira, feriu a vítima e saiu correndo em disparada para dentro de uma pousada, a poucos metros do local dos fatos, quase quebrando a porta de vidro do estabelecimento para poder entrar e se esconder.

MAIS DUAS – Quando a polícia chegou no local e efetuou a sua prisão, encontrou com ele apenas uma faca. No dia seguinte foram encontradas mais duas, que ele tentou esconder jogando num terreno vizinho pela janela da pousada.

NOMEAÇÃO – Para o agressor, Marques Medeiros, foi atribuída uma função de confiança no serviço público, que atendia diretamente ao Gabinete do Prefeito. Quando vem a público que essa pessoa, escolhida a dedo para ser representante do Prefeito, transitava pela cidade armado com três armas brancas na cintura, preparado e disposto a cometer tamanha atrocidade e que a vítima poderia ser qualquer pessoa que tivesse a infelicidade de cruzar com ele, o choque na população foi imediato.

QUEM É ELE? – No currículo do agressor, pessoa pouco conhecida na cidade, que a maioria não sabe de onde veio e nem como chegou em Igaratá, não existia nenhuma qualificação que o credenciasse a ocupar a chefia de trânsito ou qualquer outro cargo comissionado na Prefeitura.

QUEM É ELE? 2 – Ninguém conseguia sequer explicar ou justificar a sua nomeação pelo Prefeito. Sua única atuação visível desde 02 de janeiro de 2.021, quando foi nomeado como servidor público era como incitador de intrigas nas redes sociais. E só.

VIOLÊNCIA – Nos últimos dias, episódios de violência envolvendo essa pessoa passaram a ser frequentes. Havia ameaçado num bar da cidade os três vereadores de oposição, Gabriel Prianti, Silvio Jorge e Albert Ursão, que por acaso estavam no mesmo local. Relatos dizem que em outra ocasião, chegou a frequentar sessão de câmara, com facas escondidas na cintura, numa clara situação de intimidação.

VEXAME – Era visível que se o cidadão não tinha nenhuma condição de ser nomeado em cargo público, a sua permanência era um alto risco para toda a sociedade. O risco quase virou tragédia e escancarou uma situação que além de vexatória era um verdadeiro insulto a toda cidade.

VEXAME 2 – Os fatos foram tão violentos, estúpidos e chocantes, exatamente porque envolveram um servidor nomeado para cuidar do trânsito e que havia tentado matar outra pessoa, exatamente por uma discussão de trânsito, que virou notícia, repercutindo em toda a imprensa da região.

AVISO – O Prefeito Elzo sabia e foi alertado do comportamento inadequado de seu nomeado e assumiu os riscos ao mantê-lo no cargo. Matéria veiculada no Ouvidor em 2.021, informava que Marques era réu em pelo menos duas ações penais, uma de furto de água e outra, que parecia ironia, mas era verdadeira, de direção de veículo alcoolizado. O chefe de trânsito da cidade respondia ação penal por dirigir embriagado. Parecia piada, mas era real!

AVISO 2 – Reclamações sobre ele eram frequentes. Numa situação, o Prefeito destratou os três vereadores de oposição Silvio Jorge, Gabriel Prianti e Albert Ursão para defender Marques Medeiros, no episódio em que o carro oficial do Gabinete estava sendo usado para transportar cerveja.

ESCOLHIDO – Os vereadores foram avisá-lo exatamente do comportamento inadequado de Marques Medeiros e ele se irritou. De nada adiantaram os avisos. O Prefeito havia escolhido, protegido e dado poder a quem não tinha nenhuma estrutura e preparo para isso. O resultado está aí!

EXONERADO – Quando os fatos da tentativa de homicídio contra o irmão do ex–prefeito Celso Palau vieram à tona, a Prefeitura se limitou a responder que Marques Medeiros havia sido exonerado um dia antes, no dia 13/04.

LEI É LEI – Mas não é tão simples assim escapar das responsabilidades. No dia da ocorrência, 14 de abril, não havia sido publicado nenhum ato oficial com a exoneração de Marques. E os atos públicos para terem validade precisam obrigatoriamente de publicidade.

LEI É LEI 2 – Então, a exoneração de Marques só produziu efeitos externos após a sua publicação oficial, que foi depois da tentativa de homicídio cometida por ele. Por isso, para todos os efeitos, Marques ainda estava vinculado sim à Prefeitura, quando cometeu a tentativa de homicídio. E a Prefeitura terá que responder pelos atos de seu servidor nomeado.

CHEFE – Inclusive a discussão com a vítima teve início exatamente porque Marques se apresentou como “chefe de transporte” e quis dar a famosa “carteirada”. Sinal de que o cargo ainda não havia saído dele e nem ele do cargo.

OUTRA HISTÓRIA – Para tentar justificar e comprovar que realmente Marques Medeiros havia sido exonerado um dia antes de praticar a tentativa de homicídio, como se isso mudasse alguma coisa em toda esta situação, alguns correligionários do Prefeito Elzo, trouxeram a público, mesmo extraoficialmente, mas com riqueza de detalhes, outra história cabulosa, que precisa de averiguação urgente.

PROPINA – Segundo essas pessoas, o Prefeito teria supostamente recebido uma denúncia de um comerciante da cidade de que Marques Medeiros havia visitado o seu estabelecimento e solicitado propina para que ele pudesse continuar funcionando, sem problemas com a Prefeitura.

PROVA – O comerciante extorquido teria feito chegar ao conhecimento do Prefeito a história, com vídeos, print de conversas, etc. Segundo a versão extraoficial ventilada, a solução dada pelo Prefeito teria sido exatamente a exoneração de Marques Medeiros no dia 13/04, ocorrida um dia antes dele ter cometido a tentativa de homicídio.

APURAÇÃO – Essa história merece e deve ser rigorosamente apurada, principalmente pela Câmara Municipal. Se se tratar de mais uma fake news, deve ser desmentida e esquecida imediatamente. Contudo, se confirmada é muito séria e grave. A mera exoneração do servidor neste caso, não resolve nada.

CORRUPÇÃO – A história contada envolve fatos que configuram os crimes de corrupção passiva, concussão e prevaricação, que deveriam ser obrigatoriamente encaminhados para as autoridades competentes para investigação. É muito séria a história para simplesmente passar batida, sem averiguação.

SANTA ISABEL

DOR DOS OUTROS – O vereador Cannor tomou as dores do colega Jorginho e subiu à Tribuna da Câmara para dizer que o jornal Ouvidor não tinha direito de fazer críticas aos trabalhos dos vereadores, uma vez que eles foram escolhidos pelo povo para fazer o que fazem. Desancou o jornal, elogiando os concorrentes como se fossem eles exemplares e, ele próprio, um grande parlamentar.

PASSARINHO – Possivelmente Cannor tem dificuldade de entendimento à leitura. O jornal limitou-se a criticar o exagerado uso do precioso tempo dos vereadores com coisas irrelevantes, como o tempo gasto por Jorginho na defesa de uma lombada, digna de uma indicação. Assim como Cannor usou o tempo dele para criticar o jornal.

COME PEDRAS – Ao defender o amigo, esquecendo-se de que quem lhe paga o salário é o povo, Cannor desperdiça o tempo forçando o jornal a, mais uma vez, agir como um ouvidor do povo, contando o que os “eleitos” fazem. Há 32 anos o jornal contempla os vereadores que passam. Apenas passam!

CULTURA – Na quarta-feira, 20/04, o Prefeito de Santa Isabel chamou a atenção para a Secretaria de Cultura, ao designar uma funcionária que ocupa o cargo de Agente Comunitário para responder pela pasta durante a ausência repentina do secretário Roberto Bastos.

CULTURA 2 – Nos bastidores ferveu a indignação, uma vez que a secretaria de Cultura possui outros funcionários, já inteirados das ações realizadas pela pasta, e que estão dispostos a responder por ela. Além disso, o cargo de agente comunitário está na mira do Tribunal de Contas que, há tempos, cobra da prefeitura que realize concurso público.

CULTURA 3 – Por isso, o problema não é a pessoa que vai ocupar o cargo, ninguém atentou contra suas qualificações, mas ressaltaram a estranheza de o Prefeito selecionar uma pessoa que ocupa uma posição instável na saúde, para responder temporariamente pela cultura.

APAGOU O POST – A Prefeitura de Santa Isabel fez uma postagem seguindo a campanha nacional de trânsito, incentivando o uso de ônibus para diminuir trânsito e preservar o meio ambiente. A frase do post era: “Vá de ônibus e curta a viagem”.

APAGOU O POST 2 – Claro que a repercussão foi negativa! A população que realmente precisa do transporte público deslanchou nos comentários a cobrar por melhores serviços. A solução foi rápida, mas só virtual! A Prefeitura apagou a postagem que já acumulava centenas de comentários e algumas dezenas de compartilhamentos.

APAGOU O POST 3 – Está difícil mesmo para o isabelense curtir a viagem! E, diante das críticas, apagar a postagem é aparentemente mais fácil do que aproveitar essa ferramenta como prova de que, pela opinião do povo, o prestador de serviço precisa melhorar muito para cumprir o que está no contrato. Segue o jogo…

 

 

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