Já tem mais de dois anos que Franciele dos Santos Cassiano, 27, busca uma solução definitiva para um problema que sempre preocupou a família: as condições inseguras de um muro de arrimo da sua residência, que sustenta a calçada da Av. dos Expedicionários em Arujá. Os inúmeros alertas não foram ouvidos, e no último dia 23/11, o muro caiu.
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A preocupação maior de Franciele e o esposo, Cleiton José da Silva, 34, são com os filhos que desde o ocorrido, na madrugada de 23 de novembro, permanecem dentro da residência sem poder brincar no quintal: “Como vamos deixá-los aqui fora temendo que este muro possa cair ainda mais”, diz.
De acordo com a família o muro já vinha apresentando rachaduras que comprometeram a calçada da avenida na altura do número 2.200. O casal então procurou a prefeitura alegando ser responsabilidade dela os reparos no arrimo, pois há mais de 20 anos, foi a prefeitura quem construiu o muro para realizar a pavimentação da Av. dos Expedicionários.
“O terreno pertence ao meu pai e infelizmente não temos hoje nenhum documento que comprove que foi a prefeitura quem construiu, na época, o muro e por isso todas as vezes que procuramos a Defesa Civil eles disseram que não poderiam fazer nada”, explica Cleiton.
Autônomos, o casal declara não ter condições financeiras de construir um novo muro e inclusive, um mês antes, que o trecho despencasse, foram notificados pela prefeitura para que arrumassem a calçada, caso contrário, seriam multados no valor de R$1.915,00 com base nos termos da Lei Municipal.
“Voltamos lá e assinamos um termo para provar que não temos condições de arrumar um problema cuja responsabilidade não é nossa. Agora estou aqui com parte do arrimo caído em meu quintal e na insegurança de que isso possa ceder ainda mais e comprometer nossa casa”, teme Franciele. Após a queda do muro, a Defesa Civil voltou ao local, estendeu uma lona e isolou parte da calçada com cones.
Prefeitura abriu processo para contratar obra emergencial
Em nota, a secretaria de Serviços Municipais de Arujá, informou que está abrindo um processo para a contratação de uma obra emergencial. No entanto, a Pasta não garante se tal obra visa a construção de um novo muro, ou apenas a reconstrução da calçada que cedeu.