Mortalidade infantil reduz mais de 80% e alcança melhor indicador dos últimos dez anos

Santa Isabel reduziu de sete óbitos infantis em 2013, para um óbito em 2023. Os números são do Ministério da Saúde

mortalidade infantil
Karine de Oliveira ganhou a pequena Aurora Lara Venâncio na Santa Casa de Santa Isabel. Todo o acompanhamento da gestação foi realizado em unidades de saúde do município.

Em dez anos, entre 2013 e 2023, Santa Isabel reduziu em cerca de 84% a mortalidade infantil. Enquanto em 2013 foram registrados sete óbitos infantis, em 2023 esse número caiu para 1 óbito registrado durante todo o ano passado. Os números são do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), do Ministério da Saúde.

Foi notícia no Ouvidor

Na contramão das estatísticas nacionais, Santa Isabel apresenta uma queda significativa no número de mortes evitáveis de crianças de até 1 ano de idade. As ações que culminaram nesse resultado, que aproxima os índices de Santa Isabel ao de países de primeiro mundo, começam pelo cuidado da gestante.

Na atenção básica, gestantes passam por consultas mensais, com a realização de exames laboratoriais, teste rápido para Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), atendimento odontológico, fornecimento de medicamentos, busca ativa de faltosas e atendimento domiciliar.

Também é garantida a agilidade no agendamento de consultas para gestantes de alto risco. No caso de pacientes atendidas na emergência da Santa Casa, a atenção primária feita nos postos de saúde tem acesso a ocorrência e é capaz de monitorar a mulher. Após o nascimento da criança, ainda na maternidade, é garantido o agendamento de consulta com médico e enfermeiro da rede de atenção básica. O acompanhamento da criança é feito mensalmente.

Como no caso de Karine Pereira Lara de Oliveira, de 27 anos, que é mãe da Aurora Lara Venâncio. A menina nasceu no último dia 21, na Santa Casa de Misericórdia de Santa Isabel. O acompanhamento da gestação foi realizado nas unidades de saúde do Jardim das Acácias e Brotas. Na maternidade, logo após o nascimento da criança, a mãe teve agendada a Consulta do puerpério e vacina da BCG.

De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica, todos os óbitos fetais e infantis são avaliados por meio da visita domiciliar, ambulatorial e hospitalar e posteriormente discutidos caso a caso em reuniões com uma equipe multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistente social.

A gestão do departamento afirma que a Prefeitura de Santa Isabel apoia o Comitê Municipal de Vigilância ao Óbito e Materno Infantil e Fetal, que analisa e avalia a qualidade da assistência ao pré-natal e parto em tempo oportuno. Apesar da redução dos óbitos, a Pasta segue trabalhando em políticas públicas voltadas ao melhor atendimento à gestante.

Direito das gestantes

Em Santa Isabel, o município aderiu ao programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, por meio da rede local composta por 12 postos de saúde, que estão sempre com agenda aberta para atender as gestantes. Além disso, médicos e enfermeiros passaram por capacitação profissional para realização de pré-natal.

No município também é ofertado atendimento a mãe e ao bebê na maternidade. No local, também há divulgação dos direitos da gestante, com cartazes fixados na unidade com informações embasadas na Lei:

Visita na maternidade anteparto;

Direito ao acompanhante 24 horas;

Pai não é visita, e tem acesso livre à maternidade, respeitando as regras internas;

Direito a escolha da via de parto e analgesia, conforme regras da lei 17.137.

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