Melhor esperar

turismo
Roberto Drumond - Editor chefe do Jornal Ouvidor, fala sobre decisões do STF.

Passei uma grande parte da noite de quinta-feira passada (depois de nossa Live, é claro) vendo nas emissoras de TV a votação da reforma tributária finalmente aprovada nos dois turnos da Câmara Federal. Minha intenção era compreender um pouco mais sobre essa alteração na legislação que vai afetar profundamente a vida dos brasileiros. Minha esperança é que, ao lado dos comentaristas das emissoras, os próprios deputados fizessem colocações que trouxessem mais detalhes para o meu parco conhecimento dessa legislação.

O que vi e ouvi não me entusiasmou. Não que não reconheça a importância dessa lei, mas pelos passos que ela ainda vai dar antes de se tornar uma realidade para a nossa vida. A aprovação da reforma tributária por 375 X 113 no segundo turno parece (digo que parece pois ainda não me debrucei sobre ela para entende-la) uma colcha de retalhos. O Senado ainda vai leva-la à votação e certamente receberá nova emendas abrindo, novamente, a necessidade de retornar à Câmara. Meu paciente leitor deve estar se perguntando do porquê a minha falta de entusiasmo. Vou explicar.

Um grande número de parlamentares usou a Tribuna para a exaltação da atual legislatura. Se vangloriavam de terem colocado um ponto final (será mesmo?) numa questão que, segundo alguns, o país espera há mais de 50 anos (para outros foram só 30 anos), embora todos concordassem a extrema necessidade de transformar a legislação tributária brasileira em algo mais inteligível. Pode ser que, de fato, isso venha a acontecer lá pelo ano 2032. Antes disso, prefiro esperar o Senado aprovar e o Congresso promulgar a lei (ou que o Presidente a sancione) para avaliar se vai realmente representar o que o Brasil precisa: tornar-se mais competitivo no mercado mundial pelo alívio de nossas leis em vigor.

De resto, parecia que os deputados festejavam uma nova Constituição, repetindo até mesmo os gestos que fizeram a cena de 1988 quando se promulgou a nossa Constituição. E não foi nada disso. Houve apenas a quebra de um paradigma que inexplicavelmente imobilizou o país por conta de interesses que nunca nos foram explicados.

Mudando o nosso tema: Santa Isabel comemora 191 anos de sua emancipação política e administrativa. O célebre momento em que seus cidadãos passaram a ser donos da cidade deixando de serem governados por outros municípios (Mogi e Jacareí, segundo a história).

As comemorações organizadas para os eventos evidenciaram um fato notável para uma cidade que se prepara para ingressar no rico mundo do turismo. Todas as pousadas e hotéis regularmente inscritos no município ficaram sem vagas para receber os visitantes nesse período. Muitos tiveram de recorrer a hospedagens em Arujá e Igaratá, sinal de que vale investir em Santa Isabel.

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