Medo de envelhecer pode evoluir para depressão

Já ouviu falar de gerontofobia? É o medo de envelhecer, mas atenção! Esse medo pode levar muitas pessoas à depressão. Leia dicas do psicólogo

Medo de envelhecer atinge diferentes gêneros e é um dos mais comuns da população/DIVULGAÇÃO
Medo de envelhecer atinge diferentes gêneros e é um dos mais comuns da população/DIVULGAÇÃO

Embora o medo de envelhecer, conhecido como gerontofobia, não seja registrado na CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), o quadro pode evoluir para crises de ansiedade, neurose e depressão.

Identificar as marcas da idade em si mesmo figura entre as principais preocupações da humanidade. Os pés de galinha no reflexo do espelho e a perda do volume facial aparente em fotografias indicam que o processo natural de envelhecimento está acontecendo, porém, carregam simbologias que assombram a mente da população.

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De acordo com o coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professor Thiago dos Reis Hoffman, a gerontofobia é caracterizada pela aversão aos sinais do tempo no próprio corpo, como rugas de expressão e a diminuição da mobilidade, assim como por pessoas idosas.

“Um conjunto de fatores irá definir se o indivíduo convive ou não com essa fobia e os impactos estão relacionados à aparência física, à possível debilidade da saúde e às dificuldades sociais”, afirma o acadêmico.

O medo excessivo e desproporcional da terceira idade pode começar até mesmo em adolescentes e jovens adultos. A preocupação está relacionada com a reflexão sobre a proximidade da morte e com a dificuldade em lidar com as mudanças do corpo.

“O envelhecimento não pode ser atrelado exclusivamente ao adoecimento ou ao fim da vida. Essa é apenas mais uma fase da vida, que não é pior nem melhor do que as outras e carrega seus privilégios e benefícios”, considera o psicólogo.

Outros fatores que podem influenciar esse quadro são cobranças sociais que acontecem a adultos sem filhos ou pessoas que ainda não atingiram o sucesso profissional.

Como explica o docente da Anhanguera, a corrida para alcançar o status imposto culturalmente pela sociedade pode desencadear traumas e doenças emocionais. O acompanhamento psicoterapêutico é recomendado em casos extremos relacionados a essa preocupação.

ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

Envelhecer é um processo inevitável e algumas práticas são necessárias para que o caminho dos 60 anos ou mais seja saudável. Segundo o professor Hoffmann, a prática de exercícios físicos irá diminuir os riscos de depressão, além de fortalecer os músculos e aumentar a flexibilidade dos movimentos.

A prevenção e exames de rotina são importantes para evitar ou tratar de problemas típicos da terceira idade.

A convivência entre gerações diferentes pode promover o envelhecimento saudável e combater o medo de envelhecer, uma vez que há a compreensão das peculiaridades em ser idoso.

“O ser humano precisa de vínculos sociais nos diferentes períodos da vida e a tendência é a de que pessoas mais velhas estreitem o seu campo de interesses, por cansaço ou falta de assuntos novos. É imprescindível manter o contato com amigos ou fazer novas amizades, participar de grupos, para aquecer as dinâmicas sociais”, finaliza.

 

Sobre a Anhanguera – Fundada em 1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância.

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