Longe do fim!

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Roberto Drumond - Editor chefe do Jornal Ouvidor, fala sobre decisões do STF.

Apesar a OMS (Organização Mundial da Saúde) ter declarado o fim da emergência internacional para a covid-19, o vírus continua solto e se depender dele, muita gente vai morrer ainda apesar das vacinas e do conhecimento obtido nos três anos em que a infecção se alastrou pelo mundo.

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Decretada a emergência no dia 30 de janeiro de 2020, a doença matou mais de 700 mil pessoas no Brasil e no mundo foram contabilizados mais de 15 milhões de mortos, mas a própria OMS admite que houve subnotificações e não se surpreende com a estimativa de 20 milhões.

Desde abril de 2022, entretanto os números estão estáveis em todo o mundo, evidenciando que o esforço global de vacinação teve o efeito desejado, permitindo, portanto, a redução da classificação imposta pela OMS em 2020. Mas não para aí! Em dezembro de 2022 uma variante foi controlada em Huan, na China, mesmo depois que outra cepa do coronavirus ter sido identificada na África do Sul, colocando o mundo em alerta para a variante ômicron. Não para aí!

Como não para as outras doenças para as quais o mundo conhece, há vários anos existem vacinas. A campanha contra a Covid tornou-se em vários países e, entre eles, o Brasil. Uma campanha contra as vacinas. Se em 1988 morriam 300 pessoas por dia, vítimas da poliomielite hoje se condena os meios desenvolvidos pela ciência para controlar esse vírus.

Doenças, a dezenas de anos erradicadas do cenário mundial, estão retornando e diariamente se tem notícias de pessoas vitimadas pelo sarampo, caxumba, meningite, hepatite e outras doenças que podem ser preventivamente tratadas com vacinas.

Não é, portanto, um fim da doença, mas apenas um alívio que vai exigir que o mundo continue se vacinando e se prevenindo como se aprendeu durante a pandemia. Tanto o coronavírus como os vírus das outras doenças que historicamente grassaram pelo mundo devem ser controlados para que não se tornem, novamente, uma epidemia.

A falta de controle pode evidenciar uma inteligência da natureza que poderá levar ao fim da humanidade: a composição de dois ou três vírus mutantes que surpreenderão a ciência. É urgente, portanto, que nos cuidemos para evitar que esses seres, em sua forma selvagem, continuem propagando. Vacinar é preciso e precaver é fundamental. Essa guerra está longe do fim!

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