Foi dada a largada!

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Roberto Drumond - Editor chefe do Jornal Ouvidor, fala sobre decisões do STF.

Não estou falando das Olimpíadas de Paris. Falo mesmo das eleições que com a realização das convenções partidárias definem quem serão, de fato, os candidatos de cada partido. A legislação brasileira proíbe que eleitores não inscritos em partidos políticos disputem eleições, assim é que as agremiações partidárias criam força e conseguem o que lhes interessa, como o astronômico valor do Fundo Eleitoral.

Foi notícia no Ouvidor

É nesses eventos realizado por todos os partidos políticos que se escolhem os candidatos a prefeito, vice e vereadores. Ao eleger internamente aqueles que assumirão o compromisso de colocar os seus nomes à apreciação dos eleitores, define-se por extensão a qualidade daqueles que vão dirigir as cidades no futuro.

Seguindo a tendência que assola todo o país, as eleições municipais desse ano devem ser polarizadas, com reduzido número de candidatos em cada cidade, especialmente nas pequenas. Nas capitais e cidades com mais de duzentos mil eleitores, surgem mais candidatos em busca de conquistar espaço político, se não no segundo turno, na futura administração dos eleitos. Mas nas cidades menores como as que vivemos, a tendência é de fato polarizar e ainda, eventualmente, surgir alternativas em busca de consolidar uma terceira via.

Caberá ao eleitorado definir pela radicalização ou não. Se o eleitor entrar no jogo de participar da campanha através da defesa intransigente de um candidato, estará fortalecendo a radicalização e essa, nem sempre é saudável para uma comunidade. Ter confiança e convicção no valor defendido pelo candidato é o modo correto de agir, evitando o confronto com os eventuais defensores dos candidatos adversários.

Essa minha opinião, entretanto, não deve inibir o debate político. Esse é saudável quando se tem argumentos além dos discursos fáceis e demagógicos embrulhados em palavras bonitas com construções retóricas. Deve-se exigir, no debate político, fatos e dados concretos, embasados em definições corretas do que vem a ser desenvolvimento social e econômico e nas verdadeiras atribuições do poder público, especialmente no que se refere aos deveres do executivo e do legislativo.

Para isso é importante que o eleitor procure se informar das atribuições evitando ser engabelado pelo palavrório dos aspirantes a cargos políticos. Promessas de emprego, ajuda econômica e outras facilidades frequentemente são oferecidas em troco do voto, mas é o eleitor quem deve se lembrar que o futuro está nas ações destinadas ao benefício coletivo, qualquer promessa feita ao indivíduo corre o risco de desaparecer no meio da festa da posse.

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