Fluxo, gritaria e pancadões na madrugada

Quem vive na Avenida D, no Bairro Barreto, diz já não aguentar mais sofrer com barulhos de motos, gritos e músicas com letras obscenas que varam as madrugadas

“A gente já não sabe mais a quem recorrer para conseguir dar um basta nisso”, lamentam moradores. Foto: Gabriel Dias

Moradores da Avenida D, no Bairro Parque Rodrigo Barreto, em Arujá, reclamam dos pancadões que há um bom tempo tem ocorrido todos os finais de semana, no local, perturbando o sossego e gerando transtorno às famílias que ali vivem. “Ligamos na GCM e eles dizem que essa responsabilidade é da PM e quando ligamos para a polícia eles prometem que vão vir na hora, mas nunca aparecem”, lamentam.

Foi notícia no Ouvidor

Segundo a Guarda Civil Municipal (GCM) de Arujá, nos últimos 12 meses, a corporação atendeu um total de 18 ocorrências, relacionadas a perturbação de sossego, todas na Avenida D. Já os moradores contestam afirmando serem raras as vezes que a Guarda passa pelo bairro, principalmente quando ocorrem o fluxo e os pancadões, sempre de quinta a domingo, a partir das 20h, até o varar da madrugada.

O instrutor de Trânsito, e morador na Avenida D, Ângelo Márcio, de 47 anos, reclama que nem mesmo o direito de ir e vir é garantido, quando a bagunça começa. “Se eu saio de casa não consigo voltar porque os acessos estão bloqueados. São barulhos de motos, carros, pessoal fazendo ‘racha’ e todos nós temos que conviver com isso sem poder falar nada”, diz.

Keliane Silva, tem 27 anos, e também passa pela mesma situação. Na noite de natal, 25 de dezembro, os festejos dela e de outras famílias ficaram comprometidos diante da tamanha baderna que se formou no bairro. Nos vídeos que ela e outros moradores gravaram, é possível ver motoqueiros andando sem capacete, passando com suas motos em cima do canteiro central, uma disputa de som alto entre carros e os estampidos barulhentos dos escapamentos das motos.

“A gente já não sabe mais a quem recorrer para conseguir dar um basta nisso. Nossos idosos sofrem, nossas crianças, e aqui temos um grupo de crianças autistas que sofrem todas as noites com esse barulho infernal. Só queremos uma atenção das autoridades para isso”, pedem.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, (SSP), disse em nota que a Polícia Militar recebeu denúncia sobre pancadão em Arujá, no entanto, não revela se trata do mesmo endereço citado na reportagem.

A nota ainda acrescenta, que a Polícia Militar de Arujá atua em conjunto com outros órgãos de segurança, como por exemplo, a própria GCM, no combate à criminalidade. Ainda de acordo com a SSP, a GCM também possui poder de autuação contra crimes desta natureza.
A GCM de Arujá informou que em todas as autuações, contra perturbação de sossego, orienta e notifica os responsáveis pelo som alto e que a Pasta atende a todas as denúncias que chegam em sua central, sejam elas anônimas ou não.

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