Na última semana me detive a escrever sobre as virtudes na política. Abordei a união e o respeito deixando, propositadamente, uma virtude que é crucial para o funcionamento saudável de qualquer sociedade democrática para essa semana: a ética.
No início dessa semana uma agremiação política de Igaratá ingressou na Justiça com uma denúncia contra a atual administração municipal. No extenso dossiê, páginas repletas de provas que demonstram falta de ética e desprezo pela legislação por parte do candidato à reeleição.
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A ética é o ramo da filosofia que se dedica ao estudo dos valores morais e dos princípios que orientam o comportamento humano. Ela busca entender o que é considerado certo ou errado, justo ou injusto, nas diversas situações da vida. Não se trata de regras específicas, mas envolve uma reflexão profunda sobre os motivos e as consequências das ações, bem como o impacto dessas ações na sociedade e nos indivíduos.
Na política a ética deve servir como um guia para ações que devem ser justas, transparentes e voltadas ao bem comum. Decisões e ações governamentais devem ser claras e acessíveis ao público, permitindo que os cidadãos possam fiscalizar e entender as motivações por trás das políticas adotadas.
A falta de ética na política não apenas afeta diretamente a gestão pública, mas também influencia negativamente a cultura política de um povo. A ausência de ética corrompe as instituições e mina a confiança pública, essencial para o bom funcionamento do sistema democrático. Quando a corrupção e a desonestidade se tornam normais, a apatia e o cinismo se espalham entre os cidadãos, enfraquecendo a participação democrática e o engajamento cívico. A indiferença com que a população brasileira vem tratando as eleições é reflexo da falta de ética no universo político.
A denúncia formulada contra o candidato à reeleição à prefeitura de Igaratá evidencia a falta de ética da atual administração. Usando conteúdo retirado do próprio sistema de informações oficiais da Prefeitura, a denúncia traz uma coleção de ações empreendidas pelo atual Prefeito que ferem, não só a ética, mas a própria legislação eleitoral, aparentemente numa evidente intenção de influenciar os eleitores menos informados.
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Caberá ao Ministério Público avaliar e à Justiça Eleitoral decidir até que ponto as ações denunciadas contrariam as leis que regulam o processo de escolha dos governantes. Diante da manifestação da Justiça é que a população poderá reconhecer a importância de se tratar a política com ética e com respeito às leis.