Janeiro é o mês voltado oficialmente para a saúde mental, justamente por isso, muitas cidades promovem uma série de ações de conscientização sobre a importância da campanha e chamando a atenção para o fato de que as emoções podem afetar, e muito, outros fatores importantes do corpo humano. Em entrevista ao Programa de Frente com o Ouvidor, a psicóloga doutora Camila Britto explicou o quanto as frustrações interferem em nossa saúde mental e como saber lidar com elas, pode nos ajudar.
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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Brasil lidera o ranking global de população que mais sofre com ansiedade e emoções. O assunto tem sido cada vez mais discutido por autoridades da saúde, a fim de encontrar formas que possam ajudar a população a lidar com os sentimentos.
A psicóloga Camila Britto explica que lidar com frustrações está na maioria das vezes relacionado as metas que automaticamente as pessoas criam e que muitas vezes ultrapassam o nosso limite de capacidade. “Quando estabelecemos metas não tem problema nenhum colocarmos um número como padrão podendo ser três, estourando cinco, assim nosso próprio cérebro reconhece quando estamos nos esforçando além que podemos realmente fazer. Assim eliminamos o cansaço emocional”, explicou.
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Ainda sobre metas, a psicóloga ressalta a importância das pessoas saberem mexer nos prazos: “A pressão de começar em determinado dia e mês sempre pode criar em nós frustrações, por isso é importante não termos medo de mexer nas metas a fim de deixá-las mais realista para nós”, disse.
Frustração e as faixas etárias
Camila explicou ainda sobre a importância de saber lidar com as pessoas que sofrem com suas frustrações, independentemente do motivo ou faixa etária: “Às vezes achamos que tornaremos a criança mais madura criando motivos que possam deixá-la frustrada, mas isso é errado, afinal não devemos criar essas condições para ninguém, a própria vida cria frustrações de acordo com a nossa faixa etária, no caso das crianças, o próprio desmame já é para ela uma frustração”, exemplifica.
Ainda sobre as crianças, a profissional orienta que os jogos podem ajudar nessa fase, principalmente os esportes coletivos: “As crianças precisam saber lidar com a derrota e com a importância do coletivo e as cobranças que podem surgir. Isso faz parte do processo de aprendizagem”, disse.
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Sobre a importância de ter uma campanha voltada a saúde mental logo no início do ano, Camila ressalta sobre a necessidade de iniciar o ano já preparado para as surpresas e decepções que podem surgir no decorrer do ano: “O janeiro branco está aí e não é à toa, e nos passa uma mensagem de que mais do que nunca precisamos cuidar com muito carinho das nossas questões emocionais, afinal investindo, preventivamente, na saúde mental conseguimos evitar que outras áreas da nossa saúde física sejam afetadas”, finaliza.