Entidade desiste de farmácia comunitária em Igaratá

Farmácia popular estava fechada após prefeitura cassar alvará de entidade. Saúde aponta que falta de licenças municipais inviabilizaram a abertura do projeto

farmácia comunitária
Representantes da entidade recolheram nesta semana os medicamentos que estavam estocados no prédio e transferiram para outras farmácias da Associação em São José dos Campos.

A Associação da Fraternidade, entidade sem fins lucrativos que planejava abrir uma farmácia comunitária em Igaratá desistiu definitivamente do projeto. Nesta semana, representantes da entidade recolheram os últimos medicamentos que ainda estavam guardados no prédio, no centro da cidade fechado pela Prefeitura, após a administração municipal cassar o alvará impossibilitando o início dos trabalhos. Saúde aponta que falta de licenças municipais inviabilizaram a abertura do projeto.

Foi notícia no Ouvidor

Cerca de 100 tipos diferentes de medicamentos, que seriam distribuídos pela farmácia comunitária de Igaratá, foram recolhidos nesta semana e levados para duas paróquias, administradas pela Associação da Fraternidade, em São José dos Campos. As farmácias comunitárias da Fraternidade recebem doações de medicamentos de empresas, particulares e laboratórios. Após o acompanhamento técnico de farmacêuticos estes medicamentos são distribuídos gratuitamente pela Associação as pessoas, a maioria em situação de vulnerabilidade.

“É uma pena que um projeto tão importante assim não tenha espaço em nossa cidade. Muitos dos medicamentos que poderiam ser distribuídos gratuitamente pela farmácia popular não estão na lista de remédios do SUS, alguns são até de alto custo, o que poderia ajudar e muito nossa população”, destacou o vereador Gabriel Prianti.

A secretária de Saúde de Igaratá, Tatiane Peoli ressalta que os vídeos divulgados nas redes sociais denunciando o fechamento da farmácia popular possuem cunho eleitoreiro e desconsidera ações da Equipe de Vigilância Sanitária Municipal, setor este responsável pela gestão de saúde do município.

“A lei da vigilância sanitária estabelece um conjunto de normas e regulamentos que apontam os requisitos que as farmácias populares devem atender para garantir a qualidade e segurança dos medicamentos e produtos oferecidos à população. Entre os requisitos mais comuns estão a necessidade de uma licença sanitária, treinamento adequado dos funcionários, além de manutenção das instalações conforme as normas vigentes, determinações importantes para garantir a saúde e bem-estar dos usuários”, acrescenta Tatiane.

Em maio deste ano, a Associação da Fraternidade encaminhou mais de 100 medicamentos e insumos que estavam travados no prédio fechado em Igaratá para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. Um processo tramita na justiça a fim de derrubar a liminar da Prefeitura que cassou o alvará da farmácia popular.

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