Defesa Civil avalia em mais de um milhão os prejuízos da última chuva

Apesar do trabalho preventivo as chuvas voltam a castigar Santa Isabel. Embora em índices menores, o grande volume de água expôs uma nova preocupação

solapamento de solo

O ano de 2023 começou trazendo de volta o que Santa Isabel conseguiu combater bem durante todo o ano passado, as enchentes. Nas últimas semanas, choveu a média prevista para o mês inteiro. Prefeitura decretou estado de emergência após chuvas provocarem o solapamento de solo em diversos pontos da cidade, e se estima o custo da recuperação das áreas afetadas em mais de um milhão de reais.

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Nem o longo trabalho preventivo e investimentos de mais de um milhão de reais feitos durante o ano passado foram suficientes para vencer o acumulado de chuvas registrados nos últimos 14 dias. Dados da Defesa Civil indicam que entre 29/12 até a última quinta-feira, 12/01, choveu na cidade 176,4mm. Só na segunda-feira, 02/01, dia em que a cidade registrou a primeira enchente do ano, choveu aproximadamente 50mm em 19 minutos.

“Acontece que do dia 29 de dezembro para cá a cidade registrou uma sequência de chuvas, o que não permitiu a correta impermeabilização do solo. Com o solo encharcado e sem tempo adequado para o escoamento das galerias de captação, o centro não suportou tamanha pressão”, disse o coordenador da Defesa Civil de Santa Isabel, João Buosi.

Mas além das enchentes um outro dano chamou a atenção. Tanto às margens do Ribeirão Araraquara quanto na Av. Sebastião Claudiano e em bairros distantes do centro, como a Vila Guilherme, por exemplo, registraram pontos com queda de barreira e solapamento de solo. “O solapamento acontece em decorrência do acúmulo de chuvas. Com o solo encharcado, o aumento da carga sobre os barrancos é maior, o que contribui para o deslizamento de muros às margens dos cursos d’água, como aconteceu em trechos do Araraquara”, explica Buosi.

Trecho do Araraquara atrás da E.E. Major Guilhermino Mendes de Andrade

Ao todo a Defesa Civil estima que a recuperação de todas as áreas afetadas, fique entorno R$1.650.000,00. Só na região do Araraquara, onde ocorreram dois pontos de solapamento de solo, o custo para a recuperação será de R$1.300.000,00. Uma dessas áreas é a Escola Estadual Major Guilhermino Mendes de Andrade, cuja obra deverá ser custeada pela secretaria Estadual de Educação no valor estimado de R$800 mil.

 

 

O ponto do ribeirão que desabou entre a Rua Prudente de Morais e Av. Prefeito João Pires Filho as obras são de responsabilidade da Prefeitura. Neste trecho a recuperação ficará entorno de R$600 mil. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, só será possível mexer nas margens do Araraquara após a estabilização do clima: “Não dá para iniciar um reparo e começar a chover de novo, pode ser prejudicial tanto para a nossa equipe quanto para a recuperação correta do local”, disse.

Trecho do Araraquara entre as Rua Prudente de Morais e Av. Prefeito João Pires Filho

Prevenção reduziu enchentes

Antes do início oficial do verão a Defesa Civil comparou o índice de chuva registrado no município em todo no ano passado e as consequências que elas trouxeram. De 10 de dezembro do ano passado, até a última quinta-feira, foram registrados dois dias de alagamento em oito pontos diferentes de Santa Isabel. Já no mesmo período do ano passado ocorreram seis dias de alagamento em 23 áreas da cidade.

“Obviamente que o período avaliado deste ano, é menor pois o verão se encerrará em março, mas é possível, graças ao trabalho preventivo feito no ano passado, que tenhamos números menores de alagamentos e de baixa intensidade, se comparado ao verão anterior, quando ainda não havíamos feito todo o trabalho de limpeza e desassoreamento dos rios”, explicou Buosi.

Ao todo, a Prefeitura investiu mais de R$1.500.000,00 em trabalho preventivos de combate as enchentes, boa parte deste recurso veio do Governo do Estado.
Após as chuvas da semana passada, as equipes da Defesa Civil, com apoio das secretarias de Serviços Municipais e Trânsito realizaram imediatamente a limpeza das áreas afetadas além da vistoria e desobstrução das bocas de lobo em toda a região central.

A Prefeitura decretou estado de emergência em decorrência dos prejuízos registrados na semana passada e pretende apresentar um relatório ao Governo do Estado, a fim de obter recursos para a recuperação das áreas.

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