Covid-19 não é mais uma emergência sanitária global

A entidade maior de saúde no mundo, decretou o fim do alerta máximo de pandemia da Covid-19, mas sim um problema de saúde estabelecido e contínuo

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus durante entrevista coletiva em Genebra 03/07/2020 Fabrice Coffrini/Pool via REUTERS

Mais de três anos depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou no início da tarde de ontem, 05/05, que a covid-19 não configura mais uma emergência sanitária pública de importância internacional. Desde janeiro de 2020, o mundo vivia a eminência do alerta máximo da doença que já matou quase 7 milhões de pessoas em todo o planeta.

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De acordo com a OMS, o vírus da covid se classifica agora como “problema de saúde estabelecido e contínuo”. O fim do alerta máximo veio motivado pela queda do número de novos casos confirmados da doença, além da baixa internação e mortes, conquistas que vieram principalmente em decorrência do avanço da vacinação.

Desde o início da pandemia, o Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS se reúne para analisar o cenário global provocado pela doença e foi através de uma dessas reuniões que na última quinta-feira, os membros destacaram o declínio nas internações em unidades de terapia intensiva (UTI) provocadas pelo vírus e por outro lado, ressaltaram os altos níveis de imunidade da população por meio da vacina.

“O comitê de emergência contra a covid-19 se reuniu pela 15ª vez e recomendou a mim que declarasse o fim da emergência em saúde pública de importância internacional. Aceitei a recomendação. Com grande esperança, declaro o fim da covid-19 como emergência sanitária global”, anunciou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

No entanto a OMS ressalta, que o fim da emergência não significa o fim da pandemia e que a coronavírus continua sendo uma ameaça global de saúde. De acordo com dados da própria entidade, uma pessoa morre a cada três minutos ainda pela covid-19, em todo o planeta: “Essas são apenas as mortes das quais nós temos conhecimento”, completou o diretor-geral.

Vários países suspenderam os seus estados de emergências locais, dentre eles o próprio Brasil em abril do ano passado. Dados da OMS indicam ainda que 765,2 milhões de casos de covid-19 foram confirmados no planeta até o momento, além de quase 7 milhões de mortes registradas. Ainda de acordo com a OMS, 13,3 bilhões de doses de vacinas contra a doença foram administradas em todo o mundo.

Para o diretor clínico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Isabel, Dr. Luiz Jimenez a decisão da OMS era algo já esperado em decorrência da queda de novos casos de covid-19, graças a vacinação em massa: “Porém no Brasil esta última semana ainda registramos 38.553 casos novos e 339 óbitos por covid-19, ou seja o vírus veio para ficar e já estamos convivendo com ele, as medidas de proteção tem que continuar, todos nós temos que receber as vacinas que o Ministério da Saúde ainda indica a colocação de máscaras e usar álcool em gel em lugares com aglomeração de pessoas. Não vamos deixar de esquecer que o vírus tem várias mutações e por isso, podemos voltar ao alerta máximo de pandemia de covid. Manter os cuidados é sempre preciso”, conclui Dr. Luiz Jimenez.

Cidades já aplicam vacina Bivalente

A vacina Pfizer Bivalente contra a covid-19, já está disponível a toda a população adulta. Em Santa Isabel e Igaratá, pessoas com 40 anos ou mais já podem ser vacinadas contra a doença, enquanto em Arujá, a vacina já está disponível a toda população acima dos 18 anos. Podem tomar a vacina, aqueles que tomaram as primeiras doses de reforço a cerca de quatro meses.

A vacina Bivalente possui maior eficácia contra a covid e suas variantes incluindo a Ômicron de maior predominância no Brasil.

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