Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Na próxima quarta-feira, 06/04, Bruna Rodrigues estará no Programa de Frente com o Ouvidor para falarmos de autismo e os desafios da inclusão social

A psicóloga Bruna Rodrigues, do Instituto Diferente Mente
Hoje, dia 02 de abril, é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, e nós precisamos falar com, para e por todas as famílias com crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Você sabia que estudos realizados pelo CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, identificou em 2021 que 1 a cada 44 crianças aos 8 anos de idade é diagnosticada com TEA?

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Com base neste estudo, estima-se que o Brasil tenha 4,84 milhões de autistas. Apesar desse número expressivo de autistas, o assunto ainda é tratado como tabu.

“Existe muito preconceito e falta de informação na sociedade. Essas crianças precisam ser inseridas em um convívio social, mas muitas instituições não estão preparadas. Muitos pais resistem à procura de ajuda quando notam algo diferente em seus filhos e, nestes casos, as crianças acabam sofrendo mais por falta do devido acompanhamento profissional”, afirma a psicóloga Bruna Rodrigues, do Instituto Diferente Mente.

O diagnóstico necessita de uma equipe multidisciplinar, profissionais como psicólogos e psiquiatras. E não existe um padrão único de tratamento, pois nenhuma criança é igual a outra, podem existir dificuldades dentro do processo de desenvolvimento que não estão ligadas ao autismo.

Os pais devem ficar atentos para sinais diferentes dentro dento de cada etapa de desenvolvimento como: dificuldade em falar, andar e olhar para os pais; problemas para responder quando é chamada, incômodo ao visitar lugares barulhentos ou até mesmo para socializar com outras pessoas.

Um dos mais relevantes desafios da pessoa diagnosticada com TEA é a socialização e a inserção da criança em um contexto social.

Durante a pandemia, como o tratamento precisa ser presencial, houve um impacto profundo na relação desses pais e crianças, possivelmente atrasando o desenvolvimento que vinham obtendo, por isso, mais do que nunca, é necessário correr contra o tempo e recuperar todo o progresso que havia sido adquirido.

“Quando falamos sobre esse assunto, temos que levar em conta várias perspectivas, estamos falando de crianças que precisam de um cenário adequado para viver, de pais que também sofrem com os preconceitos sofridos pelos filhos’’, comenta Bruna.

Além disso, cresce na sociedade a naturalidade em expressar a opinião sobre não gostar de crianças e os argumentos incluem: barulho, birras, choro, trabalho. O movimento childfree, saiu da discussão sobre não querer filhos, para algo mais radical como ser contra a presença de crianças no mesmo ambiente, aumentando o sofrimento de muitos pais com os olhares de reprovação.

Uma vez que esses movimentos ganham força, torna-se ainda mais necessário a discussão sobre o desenvolvimento da criança em suas diversas fases da infância e em especial os “atípicos”.

“Não podemos mais dar espaço a intolerância com nossas crianças, o assunto deve ser amplamente discutido em meios de comunicação, em escolas e levantar essa bandeira da infância e da inclusão”, diz Bruna.

Quer saber mais? Assista na próxima quarta-feira, dia 06/04, a entrevista ao vivo com a psicóloga Bruna Rodrigues. Ela estará às 19h no Programa De Frente com o Ouvidor, no Youtube, Canal Oficial do Jornal Ouvidor.

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