PM começa a utilizar câmeras na farda

Capitão da Polícia Militar de Arujá e Santa Isabel, Anderson Pelegrine

Arujá e Santa Isabel são as primeiras cidades do Alto Tietê a utilizarem câmeras nas fardas para filmar toda a ação de seus policiais militares

Por Bruno Martins

Arujá e Santa Isabel passaram a utilizar nesta semana câmeras acopladas às fardas da Polícia Militar. A ação já utilizada na Capital desde 2016, chega agora a região e visa dar mais segurança as ações de patrulhamento tanto para a comunidade, quanto para o próprio policial em serviço.

As cidades, são as primeiras em todo o Alto Tietê a fazerem uso dessa tecnologia.  Ao todo serão 50 câmeras corporais, das quais 32 serão utilizadas exclusivamente pelo batalhão de Arujá enquanto outras 18 ficarão a uso dos policiais lotados em Santa Isabel.

Nas grandes cidades, o uso das câmeras nas fardas fez cair para mais da metade a letalidade policial. Nos últimos sete meses de 2021, comparado ao mesmo período de 2020, a redução das mortes em confrontos policiais, em 18 batalhões da Capital foi de 85%, por exemplo. A redução é ainda maior quando analisado todo os batalhões do estado que já fazem uso das câmeras, segundo dados da própria Corregedoria da Polícia Militar.

“Vale destacar que o nosso índice de mortes, oriundas da ação de nossos policiais quando em confronto com a bandidagem, é zero desde que assumimos o comando da nossa região. Mas a tecnologia não vem só para essa finalidade e sim dar mais confiança, seriedade e sobretudo transparência para as nossas ações”, explica o Capitão da Polícia Militar, Anderson Pelegrine.

Polícia Militar de Arujá e Santa Isabel passa a utilizar câmeras nas fardas

As câmeras deverão ser utilizadas sempre que os policiais estiverem em trabalho na rua. A capacidade de registro de imagem e som é de 39 horas e pode ser acompanhada em tempo real tanto pelo PM quanto pelos seus superiores. O acionamento é feito pelo próprio policial com um simples clique.

O material do qual elas são produzidas é resistente a enfrentar qualquer intempérie e pancada. Se em um confronto a câmera for destruída por um tiro, tudo o que foi registrado por ela não se perde, pois, as imagens são armazenadas em tempo real em uma nuvem de dados.

“Vale destacar que estes equipamentos possuem ainda uma tecnologia que permite recuperar o registro de uma ação 90 segundos antes do seu acionamento. Assim sendo, se um policial for desacatado, por exemplo, mesmo que ele não esteja com a câmera ligada no momento do desacato, ao acioná-la, ela registrará tudo o que aconteceu um minuto e meio antes de ter sido ligada”, ressalta o Capitão.

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Cap. Anderson explica, que as imagens ficam em poder da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), mas todas as pessoas envolvidas na ação que estiver sendo registrada têm direito de solicitá-las, quando por eventual motivo legal, acharem necessário.

Em uma entrevista exclusiva ao Jornal Ouvidor, o Capitão responsável pelo policiamento de Arujá e Santa Isabel, Anderson Pelegrine explica um pouco mais sobre os benefícios dessa tecnologia. Você pode conferir no canal oficial do Ouvidor no Youtube.

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