Queda de 37% na emissão do primeiro título de eleitor

Na contramão do Brasil, região registra indicadores baixíssimos na emissão do primeiro título de eleitor pelos menores de 18 anos

Período em que cartórios permaneceram fechados e com atendimento remoto, em decorrência da Covid-19, explicam a baixa na emissão do primeiro título

Ao contrário do boom de novos títulos eleitorais emitidos pelos jovens menores de 18 anos, conforme registrado e divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número de títulos emitidos na região a este público foi baixíssimo, se comparado ao total de documentos emitidos nas eleições municipais de 2020.

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Os números levam em conta os títulos de eleitores emitidos entre janeiro a abril deste ano, comparado ao mesmo período de 2020, aos adolescentes de 15 a menores de 18 anos, para os quais o voto ainda é facultativo.

Neste ano, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que reúne os dados dos cartórios eleitorais dos 645 municípios paulistas, registrou um total de 2.727 novos eleitores em Arujá, Igaratá e Santa Isabel, menores de 18 anos que já emitiram os seus títulos e estão aptos a votar nas próximas eleições de outubro.

O número é 37,9% menor ao total de documentos emitidos para este público, entre janeiro a abril de 2020, quando naquele ano, foram realizadas as eleições para a escolha de Prefeitos e vereadores. No primeiro quadrimestre de 2020, os cartórios eleitorais da região, registraram um total de 4.335 títulos emitidos aos menores de 17 anos.

De acordo com Akemi Yamasaki, coordenadora do Cartório Eleitoral de Santa Isabel e Igaratá, a baixa de novos títulos eleitorais emitidos a este público está ainda atrelada aos reflexos deixados pela pandemia da Covid-19: “Os cartórios passaram uma boa parte do período de isolamento social com atendimento remoto. Embora pela internet fosse possível fazer todos os procedimentos tanto para a emissão de títulos quanto para o pagamento de multas e outros serviços, a procura foi baixa. No caso dos adolescentes, a alta procura só ocorreu mesmo quando se iniciou a campanha de propaganda pela internet, TV e redes sociais”, explica.

A campanha para o incentivo aos menores em tirarem os seus títulos de eleitor ocorreu em março deste ano e foi aderida por artistas e influenciadores digitais que usaram as suas páginas na rede social para mobilizarem a juventude a emitirem o passaporte eleitoral. Foi neste período em que o Brasil registrou uma alta histórica de retirada do primeiro título eleitoral pelos jovens de 15 a 18 anos. Segundo dados do TSE, só em março, foram emitidos 445,5 mil documentos a este público.

Terminou na quarta-feira, 04/05, o prazo para que os eleitores pudessem estar em dia com a Justiça Eleitoral e emitirem os seus títulos para participarem das eleições que acontecem em outubro para a escolha de presidente, governador, deputados estaduais, federais e distritais além dos senadores.

Em um pronunciamento nesta semana, O ministro Luiz Edson Fachin, presidente do TSE, informou que, entre janeiro e abril deste ano, o país ganhou 2.042.817 novos eleitores com idade entre 16 a 18 anos.

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