
No último final de semana, Santa Isabel oficializou uma nova prática de turismo radical, o rapel, que consiste em descidas verticais de paredões com auxílio de cordas. A modalidade esportiva é o novo atrativo turístico do Parque do Itaberaba, no Bairro Pedra Branca.
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Renato Vieira é quem coordena a descida. Morador de Santa Isabel, ele tem mais de 12 anos de experiência em esportes radicais e se especializou para isso. Formado em educação física, Renato também possui curso técnico em altura (NR 35) e técnico em turismo de altura.
“Sempre pratiquei o rapel em montanhas de cidades onde a modalidade já existe há anos, mas nunca em Santa Isabel. Foi então que há um ano, iniciei uma conversa com o diretor da Secretaria de Turismo de Santa Isabel, Walter Negrão, e apresentei meu projeto para ele”, explica.
Da conversa com Walter e reuniões com o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Sérgio Sidorco, o projeto de Renato foi ganhando força. Há três meses ele passou a frequentar o Parque do Itaberaba onde realizou análises técnicas nas montanhas e iniciou a instalação dos sistemas onde as cordas são presas. A prefeitura intermediou a autorização junto as propriedades particulares, para que os turistas possam percorrer algumas trilhas que passam dentro delas.
No domingo, 13/11, a primeira turma de 13 turistas desceu oficialmente a pedra mais alta do Parque. “A pedra que iniciamos tem 200 metros de altura, mas o rapel é praticado apenas em 30 metros dela. Já analisamos outras pedras que existem no Parque e logo vamos montar outros três ou mais pontos. Pretendo também levar o rapel para uma das cachoeiras que há no Itaberaba”, diz.
A prática precisa ser devidamente oficializada e cada descida representa um evento que deve ser registrado por empresa do setor. Renato é proprietário da empresa Venture Vida em Ação, cadastrada junto a Prefeitura de Santa Isabel e que atualmente possui dois funcionários.
De acordo com Renato, o turista que tiver interesse em praticar o rapel, deverá investir entre 70 a 100 reais incluindo a trilha, que é feita pelo guia Júlio Sérgio da Silva. O valor também inclui seguro de vida aos clientes.
O enfermeiro Lincoln Shirato foi um dos turistas que praticou a modalidade no domingo. Ele descreve como uma aventura de sensação única e algo libertador: “Foi a primeira vez que eu fiz, achei incrível. A organização, recepção, orientação desde a trilha até a descida da pedra, tudo feito com muito profissionalismo”, disse.
Renato alerta que a prática de rapel não é aconselhada para gestantes e pessoas com problemas cardíacos graves: “Fora essas restrições, a prática é excelente para a saúde, além de trabalhar a superação do medo de altura”, ressalta.
Quem tiver interesse em praticar a modalidade pode buscar mais informações através do telefone (11) 9 3900-7314.