Arujá ganha prêmio por zerar transmissão congênita de HIV

O Prêmio Luiza Matida foi entregue ao município nesta semana por zerar transmissão vertical, passada da mãe para o filho durante o parto

Na imagem o Prefeito Dr. Camargo aparece ao lado do diretor de Vigilância em Saúde de Arujá, Fábio Prianti (centro) e do secretário-adjunto de Saúde, Clóvis Hatiw.

O Prêmio Luiza Matida, iniciativa que reconhece as ações e trabalhos realizados para a eliminação da transmissão vertical da sífilis congênita e/ou HIV, que ocorre da mãe para o bebê, ainda no período de gestação, durante o parto ou até mesmo pela amamentação. O município zerou a transmissão destas doenças entre os anos de 2021, 2022 e 2023.

Foi notícia no Ouvidor

Arujá foi selecionado entre as cidades paulistas, com menos de 100 mil habitantes, que demonstraram queda bastante significativa nos números de casos de transmissão congênita. “O contato com fluidos contaminados, tanto no líquido amniótico, quanto no leite materno, pode levar a criança a desenvolver a doença, antes mesmo dos primeiros anos de vida”, destacou o secretário da Pasta, Leonardo Reis.

O médico intensivista Dr. Luís Silva explica que durante anos, a transmissão vertical tanto do HIV quanto da Sífilis apontava para uma grave falha no pré-natal e parto. “Este sempre foi um grave problema de saúde pública evitável, afinal de contas tanto na rede pública quanto privada, são disponibilizados testagem e tratamento oportuno em vários momentos da gestação, parto e aleitamento”, explicou o médico.

A Saúde de Arujá destacou ainda que o município tem realizado nos últimos anos um trabalho eficaz de orientação das gestantes da cidade em todo o pré-natal por meio do acompanhamento realizado pela equipe do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA): “Desta forma, é de extrema importância que a gestante faça um pré-natal bem feito com os devidos exames e seguindo as orientações da equipe de Saúde até mesmo no pós parto para evitar que a transmissão vertical aconteça”, pontuou o Secretário Leonardo Reis.

Dr. Luís Silva acrescenta ainda que certificações de boas práticas aos municípios, como a que foi entregue a Arujá, reconhece o esforço e valoriza os trabalhos dos profissionais da saúde em todos os seus setores, afinal tratam-se de doenças graves que se não tratadas podem levar ao adoecimento e até mesmo ao óbito de crianças: “O recebimento do prêmio é uma materialização de um trabalho bem feito desde a atenção básica. E isso é admirável”, completou.

Os números utilizados para a avaliação dos municípios na premiação foram os dados oficiais coletados pelo Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos) e o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).

A premiação foi entregue recentemente ao secretário Leonardo dos Reis, em evento na secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e apresentada nesta semana ao Prefeito Dr. Luis Camargo pelo secretário-adjunto Clóvis Hatiw Lu e Fábio Prianti, diretor de Vigilância em Saúde de Arujá.

Quem foi Luiza Matida

Falecida em 2014, Luiza Matida foi servidora pública atuando por mais de 20 anos no Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP da Secretaria de Estado da Saúde. Ela foi uma das responsáveis pela elaboração das políticas e ações de controle da Sífilis no estado de São Paulo.

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