Alto Tietê: Indústria fecha quadrimestre com saldo positivo

Número do Caged leva em conta dados dos oito municípios do CIESP Alto Tietê. Ao todo foram gerados 321 empregos no período analisado

Fábrica da Moto Honda em Manaus. Chão de fábrica. Manaus (AM) 10.04.2006 - Foto: Miguel Ângelo *** Local Caption *** Indústria e fábricas

O volume de contratações pela indústria do Alto Tietê fechou o primeiro quadrimestre com o saldo positivo de 321 empregos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) neste mês, apontam, no entanto, para um avanço mais lento no ritmo de ocupação dos postos de trabalho, reflexo do atual cenário econômico.

O levantamento do Caged leva em consideração o índice de contratações e demissões dos oito municípios que compõem a área de abrangência do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) do Alto Tietê (Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano).

Atualmente, de acordo com os dados, o setor é responsável por 69.921 postos de trabalho em toda a Região, o que coloca o Alto Tietê na décima posição em geração de empregos entre as 39 diretorias do CIESP analisadas.

O cadastro mostra que o ritmo de contratação perdeu parte do fôlego nos últimos dois meses analisados. Em janeiro, o Alto Tietê apresentou um saldo positivo de 462 empregos e em fevereiro esse número ficou em 16 contratações. Em março, a indústria regional teve um recuo de 107 vagas e, em abril, o setor apresentou um ligeiro avanço, embora negativo, terminando o mês com menos 50 empregos, redução de 53% no volume de desligamentos se comparado com o período anterior.

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Alguns fatores têm contribuído para a desaceleração do índice de contratações pela indústria, como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que tem desorganizado a cadeia produtiva, gerando a escassez de matéria-prima e assim, impactando no aumento do preço da produção.

A inflação e os juros altos, que corroem o poder de compra da população, também têm ajudado a frear a produção de alguns segmentos, o que reflete na contratação de mão de obra. Situações que se somam às consequências da pandemia de Covid-19.

De acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB), que reúne todas as riquezas produzidas no país, fechou o primeiro trimestre com alta de 1% No período, a indústria apresentou um avanço de 0,1%.

“A indústria tem mais espaço e força para crescer, no entanto, o setor está pressionado pelo atual cenário econômico. Em 2021, o PIB do segmento foi de 837,2 bilhões, o que representa 11,3% de tudo que foi produzido no Brasil, mas essa participação está nos níveis de 1950”, explicou o diretor regional do CIESP Alto Tietê, José Francisco Caseiro.

A expectativa para os próximos meses é uma recuperação do setor puxado por alguns segmentos da indústria de transformação. “A imunização da população trouxe mais confiança para as pessoas que passaram a sair e consumir, o que ajuda a indústria, que abastece outros setores, como serviços e comércio. Sabemos que o crescimento não será linear, algumas áreas continuarão enfrentando desafios enquanto outras se sairão melhor”, avaliou Caseiro

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