É com o objetivo de mostrar a importância da inclusão social de cada cidadão na comunidade isabelense que a Pedreira Santa Isabel (PSI) traz, neste chamado Abril Azul, o lembrete da necessidade do entendimento de todos os aspectos do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
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Na cidade que abriga cerca de 124 autistas, dos quais 97 são crianças, “empresas com a visão empática e necessária sobre o espectro fazem com que a infância, adolescência e vida adulta dos autistas sejam marcadas por oportunidades”, é o que destacam os representantes do Grupo Pedreira Santa Isabel.
A PSI, empenhada em apoiar ações de conscientização acerca do Abril Azul, está presente como uma parceira na primeira edição da corrida de rua ‘Autista Run’, que tem como objetivo mostrar à população a importância do conhecimento acerca do transtorno.
O evento será aberto a todos os públicos e realizado amanhã (7), com concentração a partir das 09h30 no Parque Municipal de Santa Isabel, e percorrerá o local com a expectativa de duração de duas horas.
Os participantes inscritos também poderão receber medalhas pela conclusão da corrida e além disso, o espaço será disponibilizado para a interação das crianças e adultos. Nesta semana o Programa Momento Ouvidor recebeu o vereador em Santa Isabel, Osvaldo Junior responsável pela elaboração do evento na cidade.
Compreendendo o Transtorno
O Grupo PSI reforça que o autismo não deve ser visto como uma doença e segundo a Psicóloga com ênfase clínica (PUC-Minas) e pós-graduação com ênfase em autismo no Instituto de Educação Continuada da PUC Minas, Luciana de Castro, o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento com diagnóstico clínico, caracterizado por “dificuldade na interação social, dificuldade na comunicação social e padrões de interesse restritos ou ‘inflexibilidade cognitiva’ – conceito que se refere à dificuldade de uma pessoa em se adaptar a novas situações, ideias ou perspectivas”.
A profissional também acrescenta que, para efeitos legais, as pessoas autistas são consideradas pessoas com deficiência, logo, possuem todos os direitos previstos na Lei Brasileira e Inclusão da Pessoa com Deficiência. “Isto é fundamental para que esses cidadãos tenham seus direitos garantidos legalmente”.
De acordo com a Psicóloga, atualmente o autismo é definido como um espectro que apresenta três níveis de “necessidade de suporte”. O primeiro refere-se às pessoas que “precisam de menos suporte para enfrentar situações em que as dificuldades características do TEA se apresentam”, o segundo ao suporte moderado e o terceiro nível ao suporte necessário e substancial.
Para Luciana, a identificação do transtorno pode acontecer não apenas na infância, como também a qualquer momento da vida do cidadão. “Estão presentes na vida da pessoa desde a primeira infância. O que não impede que o diagnóstico seja realizado em qualquer fase da vida, seja na infância, adolescência ou vida adulta”, disse.
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Por fim, a especialista ressalta que o diagnóstico para o TEA é clínico, ou seja, deve ser feito com cautela, com a procura de profissionais capacitados: “No sistema público, é possível encontrar profissionais que fazem a avaliação clínica e o tratamento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)”, finalizou.